Em semana de Copom, mercado revisa para baixo projeções de IPCA e Selic
Projeção do Boletim Focus desta semana, que tem reunião do Copom e do Fed, é que a taxa de juros no Brasil encerre o ano a 14,75%

Na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir o rumo da taxa básica de juros, economistas e analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central reduziram as projeções para a inflação e Selic e dólar em 2025. A estimativa para a taxa de juros caiu de 15% para 14,75%, após 15 semanas de estabilidade. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Na última reunião, o Copom sinalizou um novo aumento na taxa nesta semana, mas de intensidade menor que 1 ponto percentual.
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 5, voltou a mostrar queda nas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é de que a inflação feche 2025 em 5,53%. Apesar da revisão, a previsão segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com limite de tolerância de até 4,5%. Para 2026, o mercado espera inflação de 4,51%, exatamente no teto da meta, e, para 2027, de 4%.
As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram mantidas: alta de 2% em 2025, 1,70% em 2026 e 2% em 2027.
O câmbio foi revisto para baixo. A estimativa para o dólar em 2025 caiu de R$ 5,90 para R$ 5,86. Para 2026, passou de R$ 5,96 para R$ 5,91, e, em 2027, o mercado projeta que o dólar encerre o ano a R$ 5,85.
No caso da Selic, a mediana das projeções para 2025 recuou para 14,75%, mas os analistas seguem prevendo que a taxa encerre 2024 em 15% — patamar mantido há 16 semanas. As expectativas para 2026 e 2027 continuam em 12,50% e 10,50% ao ano, respectivamente.