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Economia avança 2,9% em 2022, mas aponta desaceleração para 2023

PIB totalizou R$ 9,9 trilhões, em segundo ano consecutivo de avanço; no último trimestre, atividade recuou 0,2%

Por Larissa Quintino Atualizado em 2 mar 2023, 17h21 - Publicado em 2 mar 2023, 09h06

A economia brasileira registrou em 2022 a continuidade do ciclo de recuperação após o choque da pandemia de Covid-19. No ano, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 2,9%, segundo crescimento anual consecutivo. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços, principal parcela do PIB, foi o grande responsável pelo bom resultado, com avanço de 4,2%.

“Desses 2,9% de crescimento em 2022, os serviços foram responsáveis por 2,4 pontos porcentuais. Além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cresceu, o que demonstra como foi alta a sua contribuição na economia no ano”, analisa Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. No ano, o Produto Interno Bruto totalizou 9,9 trilhões de reais. Já o PIB per capita alcançou 46.155 reais no ano passado, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação ao ano anterior. 

Ainda sob a ótica da produção, houve avanço da indústria, de 1,6%. O setor, junto com serviços, representa cerca de 90% do PIB. Por outro lado, a agropecuária recuou 1,7% no ano passado. 

“As duas atividades que mais chamam atenção estão entre as que mais cresceram em 2021, após as quedas de 2020: transportes e outros serviços (que incluem categorias de serviços pessoais e serviços profissionais). Foi uma continuação da retomada da demanda pelos serviços após a pandemia de Covid-19. Em outros serviços, podemos destacar setores ligados ao turismo, como serviços de alimentação, serviços de alojamento e aluguel de carros”, explica Palis.

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O resultado foi marcado por um crescimento robusto no primeiro semestre, com surpresas positivas no mercado de trabalho, reabertura de atividades e deflação em razão da queda dos preços de combustíveis e energia – decorrente de medidas populistas do então presidente Jair Bolsonaro, às vésperas das eleições presidenciais. A economia, entretanto, perdeu ritmo no quarto trimestre e indica a realidade que o país deve encontrar em 2023, com uma estimativa de crescimento muito mais lento.

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Segundo o IBGE, no período, a atividade registrou recuo de 0,2%, sob forte influência da desaceleração global e dos impactos da política monetária brasileira. A taxa básica de juros estava em 2% ao ano em março de 2021, chegou a 13,75% ao ano em agosto de 2022 e permanece nesse patamar desde então. A conjuntura do fim de 2022 se faz presente em todo este ano. Sendo assim, as perspectivas de crescimento da economia brasileira em 2023 são bem mais tímidas. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, o mercado financeiro projeta um avanço na casa dos 0,8%, sustentado principalmente pelo setor agropecuário.

Resultado

Na análise da despesa, houve alta de 0,9% de investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) – segundo ano consecutivo de crescimento. A despesa de consumo das famílias avançou 4,3% em relação ao ano anterior e a despesa do consumo do governo, por sua vez, cresceu 1,5%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5,5%, enquanto as importações de bens e serviços subiram 0,8%.

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“Se pela ótica da oferta quem puxou foi o setor de serviços, na ótica da demanda foi o consumo das famílias. É importante dividir a demanda interna do setor externo, pois dos 2,9% do crescimento, 2 p.p. foram da demanda interna, principalmente do consumo das famílias, e 0,9 p.p., da demanda externa, que também subiu, já que as nossas exportações cresceram mais do que as importações”, esclarece Rebeca Palis.

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