Dólar recua e Ibovespa avança com derrubada do aumento do IOF
Alta do IOF é derrubada pelo Congresso; PIB dos Estados Unidos recua 0,5%

Nesta quinta-feira, 26, o dólar encerrou em baixa de 0,99%, cotado a 5,49 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,99% próximo ao fim do pregão, aos 137.113 pontos. Hoje, os negócios se movimentaram impulsionados pela derrubada do aumento do IOF pelo Congresso Nacional e dados positivos sobre a inflação no Brasil.
No cenário doméstico, as atenções se voltam ao fim da novela do Imposto sobre Operações Financeiras. Na noite anterior, a Câmara e o Senado derrubaram o decreto do governo que aumentava o IOF, medida proposta pelo Executivo para auxiliar no equilíbrio das contas públicas. Agora, o país segue sem uma alternativa concreta de organização das finanças, o que reacende as dúvidas sobre o cumprimento da meta fiscal. Enquanto isso, o governo estuda o que fazer e indica que pode ir à Justiça contra a derrubada dos decretos.
Por outro lado, o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, prévia da inflação mensal no país, ajudou no bom humor dos investidores. O IPCA-15 de junho ficou em 0,26%, uma desaceleração em relação aos 0,36% registrados em maio. O dado veio ligeiramente abaixo do esperado por economistas, que projetavam uma alta de 0,30%.
A isso se somam os dados sobre as contas públicas divulgados hoje. A arrecadação do governo federal com impostos bateu recorde entre fevereiro e maio deste ano: 1,191 trilhões de reais, de acordo com a Receita Federal. É o maior valor já registrado para o período desde 1995. Mesmo assim, o Executivo ainda encontra dificuldades para cobrir os 10 bilhões de reais que esperava ganhar em arrecadação adicional com o IOF e fechar o rombo das contas.
No exterior, o resultado do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos chama atenção ao recuar 0,5% no primeiro trimestre do ano ante ao mesmo período do ano passado, um resultado pior do que o recuo de 0,2% esperado pelo mercado. Segundo o Departamento de Análise Econômica dos EUA, a contração do PIB refletiu o aumento das importações e a redução nos gastos do governo. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo crescimento dos investimentos e dos gastos dos consumidores.