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Dólar recua 2,27%, a R$ 6,12, após leilão recorde do BC e avanço do pacote fiscal

Autarquia injetou US$ 8 bilhões no mercado, a maior intervenção diária desde 1999

Por Redação Atualizado em 19 dez 2024, 17h53 - Publicado em 19 dez 2024, 17h52

O dólar perdeu força e fechou em queda de 2,27%, a R$ 6,12, na sessão desta quinta-feira, 19. Durante a manhã, a moeda americana operava em forte alta, batendo o novo recorde intraday (ou seja, cotação antes do fechamento) de R$ 6,30. O avanço, porém, perdeu fôlego depois de novos leilões do Banco Central, que injetou US$ 8 bilhões no mercado ao longo do dia – a maior intervenção diária já feita pela autarquia desde 1999, quando o país adotou o câmbio flutuante.

Falas de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, e Gabriel Galípolo, que assumirá o cargo em janeiro, também contribuíram para acalmar o mercado. Durante entrevista coletiva sobre Relatório Trimestral de Inflação, Campos Neto disse que o BC “tem muita reserva e vai atuar se for necessário”, mas destacou que é comum que o fim de ano traga um fluxo cambial maior.

O presidente do BC disse que o envio de remessas de lucros das empresas estrangeiras para suas matrizes e a retirada do dinheiro de pessoas físicas do país têm contribuído para a alta do dólar. Ele admite que esses dois movimentos que acontecido num volume atípico. “A gente viu mais recentemente um fluxo de pessoas tirando dinheiro do país, inclusive em plataformas que são operações de menor monta, mas que são operações atípicas no volume”, disse.

Já Gabriel Galípolo disse não acreditar que a disparada recente da moeda tenha a ver com um ataque especulativo do mercado. “A ideia de ataque especulativo, enquanto algo coordenado não representa bem (a situação)”, disse.

Cenário fiscal

Durante a tarde, indicativos de que o pacote de corte de gastos deve avançar com rapidez no Congresso também ajudaram a apaziguar o mercado. A Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos a proposta de emenda à Constituição (PEC) que compõe o pacote de corte de gastos do governo. Entre outras mudanças, a proposta cria novas regras para o pagamento do abono salarial e cria travas para o crescimento dos supersalários. Agora, o texto segue para avaliação do Senado.

 

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