No entanto, o gráfico de pontos do Fed, que reúne as previsões do colegiado sobre os principais indicadores econômicos, revelou que a maioria dos membros (10) planeja realizar apenas dois cortes de 0,25 ponto percentual nos juros em 2025, o que levaria a taxa básica para o intervalo de 3,75% a 4% no final do ano que vem. Trata-se de uma desaceleração no ritmo de redução dos juros, diante das incertezas sobre as novas propostas tarifárias da gestão Donald Trump e seus possíveis impactos na inflação.
Em discurso após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “a decisão de hoje foi acertada, mas ritmo de corte de juros será mais lento adiante”, destacando que se trata de um período de “incertezas elevadas”.
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O anúncio fez com que o dólar também ganhasse força no exterior. O DXY, índice que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas estrangeiras, subia 1,12% no fim da tarde.
As bolsas americanas também viveram um dia difícil, com o índice S&P 500 recuando 2,95% e o Nasdaq, -3,56%.
Pacote fiscal
No cenário doméstico, os investidores continuam acompanhando o desenrolar do cenário fiscal, à medida que o Congresso vota os textos que compõe o pacote de corte de gastos do governo.
Após reunião com líderes do Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que os três principais textos do pacote devem seguir para sanção presidencial ainda nesta semana – a última antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente no dia 23 de dezembro. O ministro ainda avaliou que, mesmo com as alterações feitas na Câmara e no Senado, o impacto fiscal do projeto deve se manter dentro do esperado.
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