Economia

Dólar e Ibovespa avançam com cessar-fogo entre Israel e Irã e ata do Copom

Trump anuncia cessar-fogo entre Israel e Irã, apesar de Irã dizer que não há acordo; Copom divulga ata da reunião em que Selic subiu para 15%

Por Leticia Yamakami SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 24 jun 2025, 17h52 - Publicado em 24 jun 2025, 17h14

Notas de dólar — Dólar (Marcelo Casall Jr/Agência Brasil)

Nesta terça-feira, 24, o dólar encerrou em alta de 0,29%, cotado a 5,51 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,45% no fim do pregão, aos 137.164 pontos. Hoje, os negócios se movimentaram em meio ao cessar-fogo entre Israel e Irã e à divulgação da ata do Comitê de Política Monetária no Brasil.

No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em seu perfil na rede Truth Social que Israel e Irã concordaram com um cessar-fogo. “Oficialmente, o Irã iniciará o CESSAR-FOGO e, na 12ª hora, Israel iniciará o CESSAR-FOGO e, na 24ª hora, o FIM Oficial da GUERRA DE 12 DIAS será saudado pelo mundo”, publicou o republicano.

O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, negou que algum acordo já tenha sido fechado. No entanto, ele afirmou que, se Israel parar os ataques, Teerã também não reagirá. O indício de estabilidade no conflito já foi o suficiente para controlar o desespero do mercado. Perto das 17h50, os contratos futuros do Petróleo Brent operavam em queda diária de 5,25%, o que abaixou os preços do barril do combustível para cerca de 66 dólares, menor patamar desde 12 de junho, antes dos primeiros ataques de Israel iniciarem o novo conflito no Oriente Médio.

No cenário doméstico, os investidores analisam a ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária, referente à reunião da semana passada, em que a taxa Selic foi aumentada para 15% ao ano. Segundo o documento, a decisão do Copom veio em meio a um cenário global “adverso e particularmente incerto” devido às políticas econômicas dos Estados Unidos e tensões geopolíticas no Oriente Médio. A ata também reforçou a preocupação da autoridade monetária com a questão fiscal brasileira. O documento também reforça a leitura de moderação no crescimento econômico, e a inflação acima da meta de 3%, cujo teto é de 4,5%, ainda preocupa.