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Dois terços dos brasileiros têm dívidas e cartão de crédito é maior vilão

Levantamento da Quaest mostra que o cenário piora entre pretos e pardos, e entre aqueles com menor renda; maioria aprova Desenrola Brasil

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 ago 2023, 10h37

Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira, 24, mostra que o endividamento segue como uma grande dor de cabeça para os brasileiros. Conforme o levantamento, 67% da população tem dívidas financeiras. Desse grupo, um terço, 31%, afirma ter “muitas dívidas”. Apenas 33%, também um terço, dizem não dever nada no momento. O cenário é mais crítico entre pretos e pardos, em relação à população branca, e o principal vilão é o cartão de crédito, motivo da preocupação de 31% dos devedores.

Naturalmente, o cenário é pior para quem ganha menos. Dentre aqueles com renda de até dois salários mínimos, o percentual dos que têm alguma dívida chega a 72%. Já na parcela dos que ganham mais de cinco salários, 56% admitem dívidas, enquanto 44%  dizem não ter. No recorte racial, 74% dos que se autodeclaram pretos têm alguma dívida. Entre os pardos, esse número cai para 72% e, entre os brancos, é de 60%.

No mês passado, o governo federal lançou o programa Desenrola Brasil, que pretende facilitar a renegociação de dívidas e tem o potencial de beneficiar até 70 milhões de pessoas. Segundo a Quaest, a iniciativa é aprovada por 70% dos brasileiros.

Dentre os motivos para contrair essas dívidas, o principal é o cartão de crédito. Ele é o responsável por 31% desse cenário, bem à frente de prestações de imóveis, aluguel ou financiamento (14%), empréstimos (11%) e prestações de veículos (5%). A situação piora porque 46% dos devedores dizem ter “muita dificuldade” para pagar essas dividas, mesmo percentual daqueles que admitem gastar mais de 50% do que ganham para pagá-las.

Além disso, a situação acaba por se tornar uma bola de neve. Quanto menor a faixa salarial, mais dívidas com contas básicas como de luz e alimentação, assim como prestações de lojas e carnês. O resultado é ficar com o nome sujo: 56% da população já teve o nome no SPC/SERASA e, destes, 51% continuam assim.

A maioria dos que conseguiram se livrar das dívidas o fez após mais de um ano, caso de 49% da população. Outros 34% quitaram em menos de seis meses. Normalmente, a saída mais usada é a renegociação com o banco (37%), mas a negociação do prazo para pagamento também costuma ser usada com frequência pelos devedores (25%).

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