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Dívida bruta do governo fecha 2024 em R$ 9 tri, o que equivale a 76,1% do PIB

O setor público consolidado registrou um déficit primário de 47,6 bilhões de reais no ano, resultado melhor do que o de 2023

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jan 2025, 09h42 - Publicado em 31 jan 2025, 09h29

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, atingiu 76,1% do PIB em 2024, o equivalente a 9 trilhões de reais, segundo estatísticas divulgadas pelo Banco Central, nesta sexta-feira, 31.

Os dados mostram que em 2024, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 47,6 bilhões de reais, equivalente a 0,40% do PIB, uma melhora significativa em relação ao rombo de 249,1 bilhões de reais (2,28% do PIB) registrado em 2023.

No último mês do ano, houve superávit de 15,7 bilhões de reais, revertendo o déficit de 129,6 bilhões de reais observado em dezembro do ano anterior — um resultado influenciado pelo pagamento de 92,4 bilhões de reais em precatórios.

Por que a dívida bruta do governo aumentou em 2024

Com o resultado, a relação entre a dívida e o PIB subiu 2,2 pontos percentuais no acumulado do ano. O principal motivo foi o pagamento de juros,  além da desvalorização do real e do reconhecimento de novas dívidas. Por outro lado, a economia com o pagamento de parte da dívida, ajustes na dívida externa e o crescimento do PIB ajudaram a conter a alta.

O  superávit de dezembro, segundo o BC, resultou em recuo de 1,6 ponto percentual na relação entre a dívida e o PIB, reflexo dos resgates líquidos de dívida e do crescimento do PIB nominal, parcialmente compensados pelo impacto da desvalorização cambial e pela incorporação de juros nominais.

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Dívida Líquida chega a 61,1% do PIB

Já a dívida líquida, que desconta os ativos financeiros do governo, como reservas internacionais e dinheiro em caixa, chegou a 61,1% do PIB em 2024, o que equivale a 7,2 trilhões de reais. Ao longo do ano, essa relação subiu 0,7 ponto percentual, influenciada principalmente pelo pagamento de juros,  pelo rombo nas contas públicas e pelo reconhecimento de novas dívidas.

Por outro lado, alguns fatores ajudaram a reduzir a pressão sobre a dívida. a desvalorização do real ao longo do ano ajudou a reduzir a pressão sobre a dívida, assim como o impacto das privatizações e os ajustes na dívida externa líquida. O crescimento do PIB nominal também contribuiu significativamente para essa redução, o que pulverizou o peso da dúvida em relação à economia.

Em dezembro, a relação entre a dívida líquida caiu levemente, diminuindo 0,1 ponto percentual. Isso ocorreu porque o governo registrou superávit primário no mês, a desvalorização do real ajudou a reduzir o peso da dívida, e o crescimento do PIB nominal também teve impacto positivo. No entanto, os juros pagos continuaram pesando sobre as contas públicas, assim como pequenos ajustes na dívida externa líquida.

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