Devolução de cheques tem maior alta para o 1º semestre desde 2009
Para os economistas da Serasa Experian, dado é decorrente da inflação. Já na base mensal, a devolução de cheques recuou em junho
O número de cheques devolvidos no primeiro semestre de 2013 foi o maior para o período desde 2009, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos, divulgado nesta terça-feira. Foram devolvidos pela segunda vez por falta de fundos, 2,08% dos cheques compensados em todo o país. Entre janeiro e junho de 2009 houve 2,30% de devoluções. Nos anos de 2010, 2011 e 2012, em iguais períodos, os percentuais de cheques devolvidos foram de 1,87%, 1,93 e 2,07%, respectivamente.
Para os economistas da Serasa Experian, a elevação do número de cheques devolvidos por falta de fundos neste primeiro semestre é decorrente da inflação, “que reduz o poder aquisitivo do trabalhador; do alto comprometimento da renda do consumidor com prestações e da falta de planejamento nos financiamentos e nas compras parceladas com cheques pré-datados, que são mais difíceis de renegociação”, divulgou a instituição por meio de nota.
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Dados divulgados pela Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) também mostram uma leve alta no semestre no número de cheques devolvidos, houve expansão para 2,04% ante 2,03% de igual período de 2012.
Contudo, na base mensal, os dois indicadores mostram uma queda na devolução de cheques. A Serasa Experian aponta para queda para 1,94% em junho, contra 2,15% em maio deste ano e, 2,02%, em junho do ano passado. Para a Boa Vista, do total de cheques movimentados em junho, 1,93% foi devolvido por falta de fundos. O resultado mostra uma queda em relação ao mês anterior, quando essa proporção atingiu 2,11%.
De acordo com a Boa Vista, no acumulado do ano na comparação com igual período de 2012, a devolução para as pessoas físicas foi 9,5% menor e para as pessoas jurídicas a redução foi de 6,2%. No total, os cheques devolvidos recuaram 8,6% no período, enquanto os movimentados diminuíram 9,1%.
(com Estadão Conteúdo)