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Desemprego cai para 7,1% em maio e população ocupada é recorde

Segundo o IBGE, 7,8 milhões buscavam emprego no trimestre encerrado em maio, queda de 13% no ano

Por Larissa Quintino Atualizado em 28 jun 2024, 16h30 - Publicado em 28 jun 2024, 09h30

A taxa de desemprego recuou para 7,1% no trimestre encerrado em maio, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 28. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, encerrado em fevereiro, o recuo é de 0,7%. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), essa é a menor taxa para o período em dez anos. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 8,3%.

No trimestre, havia 7,8 milhões de pessoas desempregadas, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. O IBGE considera como desempregada a pessoa que não tem uma ocupação e está procurando se recolocar ou voltar ao mercado de trabalho. Na comparação com o trimestre anterior, a queda é de 8,8% (menos 751 mil pessoas); e de 13% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano.

A população ocupada atingiu um novo recorde na série histórica, iniciada em 2012: o país chegou a 101,3 milhões de pessoas ocupadas, com altas em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. Além disso, os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52 milhões). Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,8 milhões — ou seja, há um aumento de pessoas trabalhando. 

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados tanto no segmento formal como no informal. “Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes. Além disso, há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades: Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, afirmou. 

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, além dos dados da queda, a leitura qualitativa do indicador é favorável. A taxa de participação se manteve estável nos 62% e o nível de ocupação avançou de 57,3% para 57,6%, atingindo novo recorde da série histórica e contribuindo para o menor número de pessoas em busca de trabalho desde fevereiro de 2015. Enquanto isso, a taxa de informalidade recuou de 38,7% para 38,6%. “O mercado de trabalho segue forte e com uma composição saudável, recuperando suas características intrínsecas, que agora estão com um desemprego estrutural mais baixo”, analisou.

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Renda

Com a ocupação em alta, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a 317,9 bilhões de reais, novo recorde da série histórica, subindo 2,2% na comparação trimestral e 9% no ano. Essa massa salarial em crescimento deve impulsionar a economia brasileira, como visto no primeiro trimestre, em especial no setor de serviços.

A renda média do trabalho ficou estável no período, em 3.181 reais. Na comparação anual, o crescimento é de 5,6%.

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