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Desemprego cai para 6,4% no 3º trimestre, segunda menor taxa da série histórica

Pnad Contínua aponta novos recordes de população ocupada e de pessoas com carteira assinada, mostrando o fôlego do mercado de trabalho

Por Larissa Quintino Atualizado em 31 out 2024, 10h30 - Publicado em 31 out 2024, 09h09

A taxa de desemprego recuou para 6,4% no terceiro trimestre, 0,5 ponto abaixo na comparação com a taxa do período imediatamente anterior (abril a junho). Em relação ao mesmo período do ano passado, a taxa é 1,3 ponto menor. Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, 31, esse é o segundo menor patamar da série histórica da Pnad Contínua do IBGE, iniciada em 2012, sendo maior apenas que o desemprego no trimestre encerrado em dezembro de 2013. de 6,3%.

De acordo com o IBGE, o número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação, isto é, a população desocupada, caiu para 7 milhões. Esse é o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541.000 pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a trajetória de queda da desocupação é resultado da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas.

O número de pessoas ocupadas bateu um novo recorde, de 103 milhões de pessoas. Essa população ocupada cresceu 1,2% no trimestre, ou mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, o equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.

A indústria e o comércio foram os grupamentos de atividade que puxaram o aumento da ocupação no trimestre, com altas, respectivamente, de 3,2% e de 1,5% em seus contingentes. Juntos, esses dois grupamentos absorveram 709.000 trabalhadores na comparação trimestral (416.000 da indústria e 291.000 do comércio). Além disso, a população ocupada no comércio foi recorde, chegando a 19,6 milhões de pessoas. Os outros grupamentos mantiveram estabilidade na comparação trimestral. “A indústria registrou aumento do emprego com carteira assinada. Já no comércio, embora a carteira assinada também tenha sido incrementada, o crescimento predominante foi por meio do emprego sem carteira”, explica Beringuy.

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O número de empregados do setor privado chegou a 53,3 milhões, novo recorde da série, com alta de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. O setor teve novos recordes no número de empregados com carteira de trabalho assinada (39,0 milhões) e sem carteira de trabalho (14,3 milhões). O trabalho com carteira neste setor cresceu 1,5% (mais 582.000 pessoas) no trimestre e 4,3% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano, enquanto o contingente de empregados sem carteira cresceu, respectivamente, 3,9% (mais 540.000 pessoas) e 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) nas mesmas comparações.

Os empregados do setor público chegaram ao recorde de 12,8 milhões, mantendo o seu contingente estável no trimestre e crescendo 4,6% (mais 568.000 pessoas) no ano. Essa alta continua sendo puxada pelo grupo dos servidores sem carteira assinada, que cresceu 4,2% no trimestre e 9,1% no ano. O grupo dos militares e servidores estatutários ficou estável nas duas comparações.

Renda

O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de 3.227 reais no trimestre encerrado em agosto, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 3,7% quando comparado ao mesmo trimestre móvel de 2023.

Já a soma das remunerações de todos os trabalhadores, que é a massa de rendimentos, chegou a 327,7 bilhões de reais, mantendo estabilidade no trimestre e subindo 7,2% na comparação anual.

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