Depois da febre do ChatGPT, 31% das empresas avançam para a próxima fase da IA
Pesquisa da Aberje e Cortex revela que a IA autônoma já começa a redefinir o papel estratégico da comunicação corporativa
Depois que o ChatGPT levou a inteligência artificial para o dia a dia das empresas, a segunda onda dessa revolução, a dos agentes inteligentes, capazes de agir sozinhos, começou. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), em parceria com a Cortex, 31% das organizações utilizam ou testam a IA agêntica.
O levantamento, que ouviu 117 companhias, mostra que oito em cada dez já usam IA em tarefas rotineiras de comunicação, como análises e geração de insights (80%), produção de artigos (67%) e criação de notícias para canais digitais (64%).
O uso de agentes autônomos, sistemas com memória, autonomia e capacidade de aprendizado ultrapassa a simples automação. “Os agentes planejam, executam e aprendem em ciclos contínuos”, afirma Claudio Bruno, diretor de Inovação na Cortex Brand. Entre as empresas que ainda não utilizam, 38% planejam implementar nos próximos dois anos.
Segundo ele, um dos grandes benefícios desses sistemas é transformar a comunicação de uma função reativa em uma atividade estratégica, capaz de antecipar movimentos e testar hipóteses em tempo real.
Entre as empresas que já adotaram ou testam os agentes, 59% os utilizam para criar posts e responder comentários nas redes sociais, e metade recorre à tecnologia para automatizar clippings e relatórios de reputação.
Metade das empresas que já adotaram a ferramenta cita ganhos de eficiência, enquanto 24% apontam melhoria na tomada de decisão e 15% relatam geração de insights mais rápidos e precisos.
A pesquisa identifica também quais as principais barreiras para a adoção da IA: falta de maturidade da liderança e da cultura organizacional (29%), dificuldade de integração com sistemas existentes (24%) e limitação orçamentária (21%) . Além disso, 73% das equipes ainda estão em fase de adaptação para trabalhar com IA, só 9% se consideram preparadas.
Para Bruno, a transição é inevitável. “Quem continuar operando com base em intuição e relatórios fragmentados vai perder espaço para concorrentes que usam agentes inteligentes para personalizar mensagens em escala e conectar métricas de PR aos objetivos de negócio”, diz.
A reação ao discurso humanista de Luciano Huck sobre operação no Rio
Lais Souza: “A esperança voltou”
Presídio abre espaço para receber Jair Bolsonaro
Quem são os chefões do Comando Vermelho mortos na megaoperação do Rio
Um minuto de silêncio à era em que se brindava vinho com copo de requeijão







