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Crise, inflação e desemprego: como era o Brasil da última vez que a Selic bateu 14,25%

Taxa básica chegou a 14,25% em julho de 2015 e permaneceu nesse nível por um ano e três meses

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 mar 2025, 19h32 - Publicado em 20 mar 2025, 17h25

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira 19, elevar a Selic em 1 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros passou de 13,25% para 14,25% ao ano. Trata-se do maior patamar em quase dez anos: a Selic chegou a 14,25% em julho de 2015 e permaneceu nesse nível por um ano e três meses, até outubro de 2016.

Na década que separa essas duas ocasiões, no entanto, o cenário econômico se transformou totalmente. A começar pela inflação, que, apesar de pressionada, está longe dos níveis registrados há dez anos. Hoje, o IPCA acumula alta de 5,06% em 12 meses — em 2015, fechou em 10,67%.

Além disso, a inflação atual vem acompanhada de crescimento econômico e mercado de trabalho aquecido. A taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2025, o menor índice para o período desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. O PIB cresceu 3,4% em 2024, o quarto ano seguido de alta e o terceiro próximo de 3%.

Já o ano de 2015 na economia foi dominado por números negativos na grande maioria dos indicadores. A crise econômica ainda veio acompanhada de uma crise política que culminou no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016.

Relembre os principais dados da economia de 2015:

Inflação: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 10,67%, a maior taxa desde 2002;

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PIB: a economia encolheu 3,8%, o pior resultado desde o início da série do IBGE, em 1996. Em números correntes, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões, e o PIB per capita caiu 4,6%, para 28.876 reais;

Mercado de trabalho: a taxa de desemprego foi de 9,6%, a mais alta desde 2004. O número de desempregados cresceu 38,1% em relação a 2014, somando 2,8 milhões de pessoas a mais na fila do desemprego;

Produção industrial: a indústria encolheu 8,3% em 2015, maior recuo da série histórica desde 2003. O setor automotivo puxou a queda, com retração de 25,9%;

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Serviços: setor encerrou o ano com retração de 3,6%, a maior desde o início da série histórica, em 2012. O pior desempenho veio do transporte, que caiu 6,1%.

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