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Criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos perde força em maio

Indústria corta 5 000 postos e contribui para que maio apresente o pior resultado de geração de vagas no setor privado desde março de 2023

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2025, 10h15 - Publicado em 4 jun 2025, 10h11

A criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos perdeu força em maio, segundo o relatório mensal de empregos da ADP Research elaborado em parceria com a Universidade Stanford. No mês passado, o total de americanos trabalhando na iniciativa privada aumentou em 37 000. O desempenho ficou bem abaixo dos 60 000 postos criados em abril. Trata-se, também, do pior desempenho desde março de 2023, de acordo com a consultoria.

“Após um forte início de ano, as contratações estão perdendo momentum”, afirma Nela Richardson, economista-chefe da ADP, na nota divulgada à imprensa. Em meio à guerra tarifária deflagrada pelo presidente Donald Trump contra os demais países, o setor industrial apresentou o pior desempenho na geração de novas vagas no mês passado, segundo a ADP. O saldo líquido foi um corte de 2 000 postos em relação a abril.

A indústria extrativista e de mineração liderou a queda, fechando 5 000 postos de trabalho nos últimos 30 dias. A indústria de transformação vem em seguida com um recuo de 3 000 vagas. A construção civil foi o único segmento pesquisado que aumentou seu contingente: foram 6 000 postos a mais em maio. Como se sabe, diversos segmentos da indústria americana manifestam preocupação com o tarifaço de Trump, já que dependem da importação de insumos e matérias primas.

Com isso, coube ao setor de serviços liderar a criação de vagas com saldo positivo de 36 000. Mesmo nesse recorte, os resultados foram mistos. Na ponta positiva, estão os segmentos de lazer e hotelaria com criação de 38 000 vagas; serviços financeiros (mais 20 000) e informação (mais 8 000). Os segmentos que reduziram seu contingente foram serviços e assessoria de negócios (menos 17 000 postos), e educação e saúde (menos 13 000).

A desaceleração, contudo, não se refletiu no nível salarial. De acordo com a ADP Research, o valor dos salários anuais oferecidos em maio para quem permaneceu no mesmo emprego aumentou 4,5%. Já para quem trocou de emprego ou foi estava desempregado e foi contrato obteve um salário anual, em média, 7% maior que os ofertados no mês retrasado. “O crescimento salarial teve pouca alteração em maio, mantendo-se em níveis robustos tanto para aqueles que permaneceram no emprego quanto para aqueles que mudaram”, afirmou Richardson.

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