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Coronavírus: shoppings têm recuo de 20% no fluxo de consumidores

Diante de fluxo menor de visitantes, entidades do setor projetam diminuição do horário comercial, mas ainda não preveem interrupção das atividades

Por Felipe Mendes Atualizado em 16 mar 2020, 20h58 - Publicado em 16 mar 2020, 19h54

Duas das principais entidades de shopping centers do Brasil, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) e a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), se reuniram nesta segunda-feira, 16, para definir o futuro da atuação de mais de 500 complexos comerciais pelo país. A reunião foi convocada às pressas, diante da queda de público entre 20% a 30% nas últimas semanas nos estabelecimentos, provocada pelos impactos do novo coronavírus (Covid-19), e serviu para definir diretrizes e unificar reivindicações do setor, que se reunirá em breve com representantes do governo para discutir a flexibilização na cobrança de impostos sobre comércio e serviços.

Segundo Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, a entidade não prevê a paralisação de shopping centers pelo país. A despeito da redução no número de visitantes nos estabelecimentos, o executivo afirmou que algumas divisões ainda conseguem manter as portas abertas no período de baixa circulação. “Segmentos voltados ao mercado pet, farmácias e supermercados continuam recebendo um grande volume de clientes”, diz Sahyoun. “O segmento de alimentação rápida, por sua vez, acabou registrando um aumento no movimento de entrega por delivery, o que acaba substituindo a queda natural no fluxo dos restaurantes.”

Ainda assim, as duas associações estudam, com os lojistas, a possibilidade de redução do horário de funcionamento nos estabelecimentos. Cogita-se nos bastidores que a nova jornada dos centros de compras no país iria de 11h às 20h. Essa medida deve ser adotada primeiramente em estados como Goiás e Rio de Janeiro. “Seria uma medida para minimizar os custos trabalhistas para as empresas”, diz Sahyoun.

Diante da possível diminuição no horário comercial dos complexos pelo país, a Alshop afirma que está negociando com os lojistas a possibilidade do adiamento do fundo de promoção e propaganda, despesa obrigatória para operadores em shopping centers. Já quando o aspecto envolve os funcionários das varejistas, Sahyoun diz que a entidade não estabeleceu nenhuma orientação. “Não sabemos o que vai acontecer. Isso vai depender se a sugestão referente à redução do horário será aceita pela Abrasce e pelos estabelecimentos. Os lojistas podem transferir seus funcionários para outras lojas ou antecipar as férias de alguns, se for o caso”, afirma.

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No Rio de Janeiro, um decreto do governador Wilson Witzel (PSC), na sexta-feira 13, definiu a suspensão das atividades em teatros, museus, cinemas e centros culturais. Com isso, duas das principais redes de cinema do país se movimentaram. A Kinoplex declarou férias coletivas para todos os funcionários no estado. Já a operadora multinacional Cinemark, a maior do circuito exibidor nacional, propôs um Plano de Demissão Voluntária (PDV) ou um Programa de Qualificação Profissional remunerado para seus funcionários no estado fluminense.

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