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Copom deve manter juros e deixa mercado de olho em pistas no comunicado

Melhora no cenário inflacionário e expectativa da aprovação no arcabouço fiscal aumentam cobranças pela redução da Selic, que só deve ocorrer em agosto

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jun 2023, 08h06 - Publicado em 21 jun 2023, 07h55

O Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia nesta quarta-feira, 21, o que o mercado enxerga como o último ato dos juros em 13,75%, o maior patamar desde 2016. A expectativa é de que a autoridade monetária vote pela manutenção da taxa Selic, seguindo sua política de cautela com as perspectivas de inflação, porém dê sinais mais claros de que o ciclo de redução dos juros deve começar no segundo semestre.

A Selic chegou a 13,75% em agosto do ano passado, nas vésperas do período eleitoral, e com a inflação começando a desacelerar. Já o início do ciclo de altas é de 2021, quando a taxa inflacionária, em especial dos alimentos, acelerou e retirou o país do patamar de juros de 2% ao ano.

Além da pressão vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu entorno, o coro pela redução da Selic ganhou o reforço de empresários de peso. Neste mês, em evento com a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, pediu um sinal da redução da Selic, afirmando que “ninguém aguenta isso”. Em maio, num artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, definiu o patamar dos juros como “perversos”.

O cenário da inflação brasileira melhorou, muito graças a mão firme do Copom, mas a sinalização do fim do ciclo de aperto faz-se necessária para ajudar no crescimento do país. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), ficou em 3,94% em doze meses encerrados em maio — uma redução drástica quando comparada com o mesmo período do ano anterior, em 11,73%. Para o fim deste ano, a expectativa do mercado, segundo o Boletim Focus, é de que a inflação encerre em 5,24%, ainda acima do teto da meta, de 4,75%.

Porém,  as expectativas de longo prazo finalmente começaram a ceder. Após ficarem estáveis em 4,0% por várias semanas, o mercado passou a ver uma inflação de 3,90% para 2025 e 3,88% para 2026.  Enquanto o cenário inflacionário recua, a atividade econômica melhora. O PIB cresceu em 1,9% no primeiro trimestre, puxado pelo agronegócio. Em contrapartida, houve sinais de desaceleração de demanda, como o consumo das famílias, o que favorece uma decisão de corte de juros, ou neste caso, uma sinalização.

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