Contra reformas, metalúrgicos atrasam entrada no trabalho
Sindicatos da categoria fizeram protestos em frente às fábricas contra a reforma trabalhista em discussão na Câmara
![Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realiza protesto no centro de São Bernardo do Campo (SP), contra o Projeto de Lei que amplia as terceirizações e as medidas provisórias 664 e 665, sobre direitos trabalhistas, e o ajuste fiscal](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/alx_protesto-sbc_original.jpeg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Sindicatos de metalúrgicos fizeram na manhã desta terça-feira protestos em frente a montadoras para atrasar as atividades das fábricas em 1 hora. As manifestações foram realizadas em protesto contra a reforma trabalhista. O texto base do projeto foi aprovado em comissão especial na Câmara no fim da tarde.
No Grande ABC, os metalúrgicos de quatro montadoras, Scania, Mercedes-Benz, Volkswagen e Ford, participaram do ato. O sindicato considera que essa manifestação foi um preparativo para a greve geral convocada pelas centrais para o dia 28 de abril.
Segundo o sindicato do ABC, o atraso foi uma oportunidade para discutir as mudanças na lei trabalhista em tramitação no Congresso. “A reforma trabalhista que está sendo proposta é altamente prejudicial aos trabalhadores. Ela muda os paradigmas da negociação coletiva, incentiva o trabalho temporário e a ‘pejotização’, e desvaloriza os salários”, disse em nota o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
Pelo menos vinte categorias profissionais confirmaram adesão à greve geral até a tarde desta segunda feira. Entre elas, os sindicato de metroviários, motoristas de ônibus, e professores da rede pública e privada.
(Com Estadão Conteúdo)