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Conheça o COE, investimento sofisticado que ganha adeptos

Certificado de Operação Estruturada permite aproveitar oportunidades de negócio menos acessíveis; papéis são mais comuns na Europa e Estados Unidos

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jan 2018, 11h07 - Publicado em 10 jan 2018, 08h01

Uma nova modalidade de investimentos vem ganhando força ao prometer oportunidades em mercados menos acessíveis e risco mais controlado. É o chamado COE (Certificado de Operação Estruturada), um tipo de título que pode ser montado para dar lucro segundo o rendimento de diversas fontes, como dólar, ouro, ações de empresas estrangeiras e fundos internacionais.

A proposta desse papel é pagar um rendimento de acordo com a variação de um ativo predeterminado, chamado de subjacente. Pode ser a variação da cotação de uma moeda, de ações, papéis de renda fixa ou dívidas de empresas ou governos, ou até combinação entre eles. A instituição responsável pelo COE estrutura o negócio, e depois oferece o certificado aos clientes.

Dessa forma, o pagamento acontece segundo as regras de rendimento especificadas no documento. É possível que haja um limite para ganhos, um multiplicador, ou até mesmo garantia para perdas. “As emissões que vêm saindo no mercado têm tido o capital protegido, mas não é obrigatório”, explica Roberto Indech, analista-chefe da corretora Rico Investimentos.

Para Caio Mercadante, estrategista-chefe de investimentos em gestão de fortunas do BNP Paribas, a vantagem desse tipo de ativo é que ele dá acesso rápido a oportunidades que seriam restritas a muitos clientes por exigirem muito capital ou procedimentos complexos, como operações com derivativos e compras de ações no exterior. “Conseguimos montar uma operação em uma semana. Nem todos os clientes tem essa sofisticação”, avalia.

O COE foi regulamentado no país em 2013, mas é pouco conhecido por aqui. A operação é mais popular em mercados como Estados Unidos e Europa. Segundo os especialistas, a procura tem aumentado, influenciada principalmente pela queda na taxa básica de juros. A Selic, que passou de 14,25% a 7% em pouco mais de um ano, serve de base para a remuneração de títulos do Tesouro, que têm risco baixo.

O prazo mais comum que tem sido ofertado no mercado é de certificados com vencimento de entre 2 anos e 3 anos. Por enquanto, não há mercado secundário para esses papéis, e a recompra depende das instituições emissoras, que podem cobrar por isso.

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