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Como fica o reajuste do aluguel diante da alta anual do IGP-M de 17,78%

Em dezembro, índice voltou a acelerar e subiu 0,87%; IPCA é alternativa para inquilinos, porém acumula crescimento de 9,26% no ano

Por Luisa Purchio 29 dez 2021, 10h32

Dados divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo FGV-Ibre, mostram que o IGP-M, principal índice utilizado para o reajuste do aluguel de imóveis, voltou a acelerar em dezembro e teve alta de 0,87% após se manter estável em 0,02% no mês anterior. No ano, o índice acumula alta de 17,78%, variação mais baixa que no ano anterior (de 23,14% entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020), mas ainda assim bastante alta para ser considerada ao reajustar o valor pago pelos inquilinos aos proprietários dos imóveis.

Uma alternativa aos locatários é reajustar o valor do contrato por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas o indicador também se mantém bastante alto em 2021. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo IBGE, no acumulado do ano até o mês de novembro, o IPCA acumula um crescimento de 9,26% e nos últimos 12 meses sofreu a maior variação em mais de 15 anos, de 10,74%.

Por isso, a recomendação é que os locatários negociem com os proprietários o novo valor a ser pago na renovação do contrato de aluguel. De acordo com o artigo 18 da Lei do Inquilinato ( 8.245/1991), “é lícito às partes fixar, de comum acordo, novo valor para o aluguel, bem como inserir ou modificar cláusula de reajuste”. No atual cenário de crise que o país vive, com aumento dos custos com alimentação, energia e combustível, conversar e chegar a um acordo é uma boa opção para ambas as partes, principalmente quando o inquilino se trata de bom pagador.

Fatores que impulsionaram o IGP-M em dezembro

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o fator que mais pressionou o IGP-M para cima no mês de dezembro, devido principalmente à aceleração de 11,69% dos preços de bovinos. No ano, os preços da cana-de-açúcar tiveram alta de 57,13% e o café subiu 152,35%. De acordo com o FGV-Ibre, estes números foram influenciados pelo “reflexo da demanda doméstica e da retomada das exportações e, pela aceleração dos preços de safras afetadas por geadas e seca”.

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