ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Como anda a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos em 2025

Exportações brasileiras para os EUA caíram 13,3% em março, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 abr 2025, 16h50

O Brasil fechou o trimestre com saldo negativo de 650 milhões de dólares na balança comercial com os norte-americanos. As exportações brasileiras para os EUA caíram 13,3% em março, somando 3,27 bilhões de dólares, enquanto as importações avançaram 17,6% e chegaram a 3,53 bilhões de dólares. Ou seja, vendemos menos e compramos mais.

O resultado foi um déficit de 60 milhões  de dólares no mês. No acumulado de janeiro a março, as vendas para os EUA recuaram 0,8%, totalizando 9,66 bilhões de dólares. Já as compras cresceram 14,7%, alcançando  10,31 bilhões de dólares.

A queda significativa nas exportações para os Estados Unidos afetaram diretamente o resultado do comércio do Brasil com o continente da América do Norte. As exportações brasileiras para a região sofreram uma retração de 7,75% em março.  O principal destaque da queda nas vendas na América do Norte foi o petróleo bruto, cujas exportações despencaram 90,3%, o que representou uma perda de 0,8 bilhão de dólares. Também houve quedas importantes nas vendas de soja (-61,2%), equipamentos de engenharia civil (-56,5%) e aeronaves e suas partes (-27,5%), todos com recuo de cerca de 0,1 bilhão de dólares cada. Esses recuos puxaram a queda geral nas exportações para a região.

A partir da meia noite de sábado, 5,  entram em vigor as medidas protecionistas anunciadas na quarta-feira, 2, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele anunciou imposição de tarifas comerciais a 150 países, confirmando o início da série de medidas que serão aplicadas contra parceiros comerciais, gerando efeitos no PIB global. O  Brasil foi submetido a taxa de 10%, considerada um choque atenuado para o país, segundo disse a VEJA, o economista Gesner Oliveira, professor da FGV e sócio da GO Associados.

No ano passado, o Brasil também fechou o ano com saldo negativo na relação comercial com os Estados Unidos. Segundo dados do governo norte-americano, o superávit comercial dos EUA com o Brasil em 2024 foi da ordem de 7 bilhões de dólares somente em bens. Somados bens e serviços, o superávit chegou a 28,6 bilhões de dólares no ano passado. Trata-se do terceiro maior superávit comercial daquele país em todo o mundo.

Continua após a publicidade

Em nota, o governo destacou que os EUA registram recorrentes e expressivos superávits comerciais em bens e serviços com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos, totalizando 410 bilhões de dólares.  Por isso, segundo o governo, a imposição unilateral de tarifa linear adicional de 10% ao Brasil com a alegação da necessidade de se restabelecer o equilíbrio e a “reciprocidade comercial” não reflete a realidade.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app. Pagamento único trimestral de R$5,97, a partir do quarto mês, R$ 16,90/mês. Oferta exclusiva para assinatura trimestral no Plano Digital Promocional.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.