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Como a BYD e outras montadoras chinesas estão superando as gigantes globais

Rapidez para desenvolver novos modelos é trunfo das montadoras chinesas para bater rivais como a Tesla

Por Ana Paula Ribeiro Atualizado em 3 jul 2025, 17h32 - Publicado em 3 jul 2025, 17h29

As montadoras de veículos chinesas estão ganhando  o mercado global com uma estratégia que alia velocidade no desenvolvimento e produção, com o baixo custo da mão de obra. O ritmo acelerado de adaptação e entrega das unidades são vantagens que pressionam concorrentes tradicionais, como as fabricantes europeias e americanas, e impulsionam as exportações do país para o restante do mundo.

Dados da consultoria AlixPartners, divulgados pela agência de notícias Reuters, mostram que o tempo de desenvolvimento ou redesenho de um veículo elétrico ou híbrido pelas montadoras chinesas é de apenas 18 meses. Já nas marcas estrangeiras, o processo chega a 5,4 anos.

O relatório Disruption Index, da mesma consultoria, mostra ainda que são os chineses que estão com planos de expandir os mercados doméstico e internacional. A Chery é a principal exportadoras de veículos do país e a BYD, a principal montadora.

Localmente, as montadoras chinesas já tiraram todo o espaço das rivais tradicionais. A consultoria Automobility mostra que, de 2020 a 2024, as vendas de Volkswagen, Toyota, Honda, GM e Nissan na China recuaram de 9,4 milhões de unidades anuais para 6,4 milhões. Já as chinesas BYD, Geely, Changan, Chery e SAIC pularam para 9,5 milhões, ante 4,6 milhões em 2020.

A velocidade na criação e produção é fruto das  condições do mercado chinês. Com mão de obra abundante, os custos dos salários são mais baixos. A jornada de trabalho, mais elevada: 12 horas por dia, seis dias por semana, segundo  disse à Reuters Peter Matkin, engenheiro-chefe da Chery para marcas internacionais.

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Com isso, BYD e Chery crescem nos mercados fora da China, incluindo Europa. Essas montadoras contam com subsídios, mas é essa estrutura de operação, mais ágil e com estrutura verticalizada, que inclui a produção de autopeças, que sustenta o crescimento acelerado.

A estratégia permite que as montadoras inovem, mesmo quando comparadas a concorrentes que já nasceram no mundo dos carros elétricos. É o caso da americana Tesla, do empresário Elon Musk. Em 2024, a empresa registrou o primeiro ano de queda nas vendas e conta com apenas cinco modelos de veículos. Já a BYD, desde 2020, lançou mais de 40 modelos, fora as atualizações ou renovações feitas no período.

As montadoras chinesas ainda não lideram a fabricação global de veículos, mas já alcançam posições consideráveis. Cinco delas estão entre as 20 maiores do mundo. A liderança é da japonesa Toyota, com 10,7 milhões de unidades produzidas no ano passado, seguida pela alemã Volkswagen, com 8,7 milhões. A BYD é a chinesa mais bem colocada, ocupando a sétima posição, com 4,3 milhões.

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