Comércio estima perdas de R$ 2 bi por dia com bloqueios de estradas
Segundo estimativa da CNC, perdas podem ser superiores ao volume da greve dos caminhoneiros; interdições seguem em cinco estados
As manifestações de caminhoneiros bolsonaristas e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) chegam ao sexto dia com bem menos força. Segundo o último balanço da Polícia Rodoviária Federal, havia paralisações em quatro estados na tarde desta sexta-feira, 4. Apesar da dispersão e de 966 pontos de bloqueios e interdições desfeitos, as consequências econômicas estão postas: de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), as perdas diárias com os bloqueios nas estradas chegam a quase 2 bilhões de reais.
O impacto econômico diário se assemelha aos impactos da greve dos caminhoneiros, que em 2018 viu 1,8 bilhão de reais por dia ficarem pela estrada. Na ocasião, a paralisação de 10 dias teve impactos diretos no resultado do PIB e um repique inflacionário nos meses de junho e julho.
Segundo a CNC, o impacto em 2022 é agravado por “uma maior dependência que as empresas passaram a ter de serviços de entregas, uma vez que passaram a operar com estoques reduzidos”. Os registros, segundo a entidade, tendem a ser graduais. “As perdas não se restringem à fonte de receitas, impactando também a elevação dos custos, especialmente, daqueles relacionados ao transporte”, afirma a entidade.