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Comércio entre Brasil e Estados Unidos bate recorde no 1º trimestre

Segundo dados do governo brasileiro e da Amcham, comércio bilateral somou US$ 20 bilhões no período. Brasil registra déficit de US$ 654 mi

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 abr 2025, 09h59 - Publicado em 14 abr 2025, 09h55

O comércio entre Brasil e Estados Unidos atingiu a marca inédita de 20 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2025 — o maior valor já registrado para o período, segundo a Amcham Brasil. O dado faz parte do relatório trimestral: Monitor do Comércio Brasil-EUA, divulgado nesta segunda-feira, 14. Os Estados Unidos encerraram o trimestre com um superávit comercial de 654 milhões de dólares frente ao Brasil.

A alta no comércio bilateral é de 6,6% na comparação com os três primeiros meses de 2024 . Apesar do avanço, novas tarifas anunciadas por Washington preocupam exportadores e podem abalar os próximos capítulos dessa relação, segundo a Amcham.“Os resultados do primeiro trimestre de 2025 reforçam a qualidade e o caráter mutuamente benéfico da relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos”, afirma, em nota, Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

As exportações para os EUA somaram 7,8 bilhões de dólares de janeiro a março — recorde histórico para o período. Com isso, os Estados Unidos ampliaram sua posição como principal destino da indústria nacional, representando agora 18,1% do total exportado pelo setor, acima dos 17,7% registrados em 2024.

Os principais produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos cresceram:

  • Sucos: +74,4%

  • Óleos combustíveis: +42,1%

  • Café não torrado: +34%

  • Aeronaves: +14,9%

  • Semiacabados de ferro ou aço: +14,5%

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As exportações de carne bovina mais que dobraram e o produto entrou na lista dos dez produtos mais vendidos ao EUA, com alta de 111,8%, assumindo a 9ª posição no ranking.

A Amcham Brasil alerta que as taxações de 10% sobre exportações brasileiras em geral e 25% sobre aço, alumínio e autopeças — podem complicar o ambiente comercial daqui para frente e defende que o comércio bilateral continue baseado em previsibilidade e diálogo. “É fundamental preservar as condições para que o comércio entre Brasil e Estados Unidos continue gerando inovação, empregos e desenvolvimento para ambos os países”, afirma Abrão Neto.

Do lado das importações, o Brasil comprou 10,3 bilhões de dólares em produtos americanos no trimestre, uma alta de 14,7%. Quase 90% são de bens manufaturados, com destaque para máquinas, medicamentos, petróleo e equipamentos de processamento de dados.

O maior aumento foi a alta de 78,3% nas compras de petróleo bruto, revertendo a tendência de queda dos últimos trimestres. Por outro lado, houve queda nas importações de gás natural, em meio à menor demanda doméstica no início do ano.

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