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Com Trump, dólar sobe 1% e vai para R$ 5,50 e Ibovespa recua mais de 1%

Presidente dos EUA afirma que Brasil não está "sendo bom" com seu país e anunciou 50% de tarifas sobre produtos brasileiros

Por Redação 9 jul 2025, 17h46

O dólar comercial fechou nesta quarta-feira, 9, em alta de 1,06%, cotado a R$ 5,503. A valorização foi impulsionada por novas declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tarifas de importação e o Brasil. Já o Ibovespa, índice de referência da Bolsa brasileira, caiu 1,31%, aos 137.480 pontos.

Em dia de movimento esvaziado pelo feriado no Estado de São Paulo, os investidores se voltaram para o noticiário do exterior, que foi marcado por notícias negativas para o Brasil.

Trump disse que ia anunciar a nova tarifa de importações sobre produtos brasileiros entre hoje (quarta-feira, 9) e amanhã (quinta-feira, 10). A declaração foi feita a repórteres durante evento na Casa Branca com líderes africanos. “O Brasil, por exemplo, não tem sido bom conosco, nada bom. Vamos divulgar um número referente ao Brasil, acho que ainda esta tarde ou amanhã de manhã”, disse Trump.

Depois do fechamento do mercado no Brasil, veio à tona o conteúdo da carta enviada por Trump ao presidente Lula, informando que os produtos nacionais serão taxados em 50% nos Estados Unidos.

Quando teve início a cobrança de tarifas recíprocas aos parceiros comerciais, o Brasil foi menos prejudicado que outros países, com uma tarifa adicional de 10%. Os Estados Unidos possuem superávit comercial com o Brasil.

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O dólar ganhou mais força no Brasil que na média global. O “dollar index”, que é um indicador que compara o dólar com uma cesta de moedas, registrava leve valorização de 0,05% por volta das 17h.

As tarifas de importação não são o único tema na relação entre Brasil e Estados Unidos. A embaixada americana em Brasília divulgou, via assessoria de imprensa, uma nota relatando “perseguição política” no Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na véspera, Trump já havia feito uma declaração em que pedia para deixarem o ex-presidente “em paz”.

Em pregão de liquidez reduzida, o índice caiu junto com as ações de maior peso. Os papéis da Petrobras (PETR4) recuaram 0,62%, os da Vale caíram 0,99% e entre os bancos, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) registraram valorização negativa de 2,50%.

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