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Com real valorizado, brasileiro pode viver dias de rico na Copa do Catar?

Com real forte frente a uma cesta de moedas, os gastos com o rial catariano, moeda oficial do país, devem pesar menos no bolso dos turistas

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 ago 2022, 11h58 - Publicado em 24 ago 2022, 12h19

O Catar será o ponto de encontro de mais de 1 milhão de turistas para a Copa do Mundo FIFA 2022, o evento futebolístico mais aguardado do ano. Com a inflação alta em diversos países, aproveitar a Copa pode ficar um pouco mais caro do que o normal, mas o brasileiro tem alguns motivos para comemorar. Com o recuo da inflação aqui e a valorização do real, a vida de quem planeja uma viagem no fim do ano para acompanhar o mundial pode ser menos apertada do que se desenhava há alguns meses. 

O real se valoriza em relação às principais moedas do mundo na comparação com uma cesta de 22 moedas, de acordo com levantamento da HCI Invest. O rial catariano, moeda oficial do Catar, acumula uma desvalorização de 9,37% frente ao real. Assim na cotação atual, 1 rial catariano é equivalente a 1,41 real. Com 1,98 reais é possível comprar uma garrafa de água de 330 ml ao custo de 1,41 rial catariano, bem mais barato do que adquirir o mesmo produto no Brasil, onde o preço médio é de 2,50 reais. Já o refrigerante tem um custo médio de 3,60 riais catarianos, próximo aos valores encontrados por aqui. Na conversão para o real, o brasileiro pagaria 5,04 reais pela lata. Considerando que o produto tem variações de preços de até 6,20 reais por aqui, a economia seria de até 23%. Vale ressaltar que grande parte dos custos do turistas será em dólares ou euro, tornando essa conta mais cara.

Apesar de o câmbio em paridade próxima proporcionar vantagens, o economista e fundador da Eu me banco, Fabio Louzada, aconselha o turista a fazer um planejamento financeiro antes de fazer uma viagem internacional. Isso porque, apesar da vantagem cambial com o rial catariano, parte dos gastos será em dólar, como na compra dos ingressos para os jogos e das passagens aéreas. “Apesar da desvalorização de 8,37% do dólar em relação ao real no acumulado do ano, o dólar ainda está custando mais de 5 reais, o que pode representar custos altos para o viajante”, diz, considerando a escalada no preço das passagens aéreas e a inflação nos Estados Unidos. 

Segundo Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest, se o turista tivesse começado a planejar essa viagem em janeiro e mantivesse esse capital investido ao longo desses oito meses, hoje ele compraria o rial catariano com essa desvalorização acumulada de 9,37%. Com essa queda do valor da moeda, o turista poderia contar agora com um extra para outros gastos, inclusive para a compra de outras moedas, como o dólar e o euro.

Vale ressaltar que a conversão para dólar e euro devem entrar na conta do turista, já que existem poucas casas de câmbio no Brasil que  fazem a troca do real para rial, sendo necessário muitas vezes fazer a conversão de dólar/euro no Catar. Por isso, os economistas recomendam que o turista leve moedas de alta circulação, como dólar e euro. “Por ser considerada uma moeda exótica, o brasileiro pode ter dificuldades em achar casas de câmbio no Brasil que troquem diretamente o real pela moeda do Catar. Ainda assim, se encontrar, o ágio será grande”, diz Louzada. Embora o Catar seja um destino atrativo no quesito câmbio, os turistas devem colocar na conta os gastos com a conversão para outras moedas.

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