Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Com pautas repaginadas, Lula olha para o retrovisor no 1º ano de governo

Petistas tentaram anular conquistas recentes da sociedade brasileira, como o novo marco do saneamento e a reforma trabalhista

Por Larissa Quintino 25 dez 2023, 08h00

No seu primeiro ano de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou diversas vezes para a memória de seus mandatos anteriores. Além de repaginar programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, ele trouxe dos anos 2000 conceitos econômicos desgastados. Logo de início, o presidente questionou a autonomia do Banco Central, avanço histórico e importante para a estabilidade da moeda, e não poupou críticas ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto, acusado pelo petista de manter a Selic, a taxa básica de juros da economia, em níveis elevados para prejudicar o governo. Campos Neto baixou os juros apenas no momento certo, após haver solidez nos sinais de desinflação, e não a gosto do presidente de turno. Resultado: o dragão dos preços foi domado, o que beneficia, registre-se, o próprio governo.

Da cartilha petista, vieram também as pautas gastadoras e estatizantes. No primeiro caso, o governo Lula 3 reedi­tou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de triste lembrança para os brasileiros. Em sua encarnação anterior, o PAC deixou um rastro de obras atrasadas, construções abandonadas e contratos com sobrepreços. Será diferente agora? Os velhos dogmas petistas também foram reforçados quando o governo questionou no Supremo Tribunal Federal a privatização da Eletrobras. Já na Petrobras, agiu para iniciar a reestatização de refinarias.

Como se não bastasse, os petistas tentaram anular conquistas recentes da sociedade brasileira, como o novo marco do saneamento, que destravou bilhões de reais em investimentos no setor, e a reforma trabalhista, que atualizou as relações entre empregados e empresas em um mundo marcado por revoluções tecnológicas e novas demandas de trabalho. A atual gestão defende a revisão de pontos básicos da reforma, como uma alternativa ao fim do imposto sindical, numa tentativa nada sutil de revigorar os sindicatos. E mais: tem a intenção de criar vínculos trabalhistas para motoristas de aplicativos, uma pauta com o mofo dos anos 1930. Em 2023, o governo Lula perdeu tempo demais olhando para o retrovisor. É hora de mirar para a frente.

Publicado em VEJA de 22 de dezembro de 2023, edição nº 2873

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.