Com orçamento menor, Aneel deixa de atender consumidor por telefone
Medida passa a valer já nesta sexta-feira; orçamento da agência para 2016 corresponde hoje a pouco mais de um terço dos 120 milhões de reais inicialmente previstos

O corte no orçamento fez com que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidisse suspender os serviços da central de teleatendimento e ouvidoria e reduzir gastos em fiscalização e informática. Os principais cortes somam 21 milhões de reais.
“Esta é uma situação emergencial e que se espera transitória. A Aneel trabalha para superar a restrição orçamentária, condição indispensável para viabilizar a retomada dos trabalhos suspensos, ainda em 2016”, informou a agência. A agência contava com um orçamento de 120 milhões de reais para este ano, mas, depois de dois decretos de contingenciamento, o valor foi reduzido para 44 milhões de reais.
A partir desta sexta-feira, não será mais possível reclamar dos serviços das distribuidoras de energia pelo telefone 167, pelo chat on-line do site do órgão regulador nem por meio das agências estaduais conveniadas, que atendiam pelo 0800-727-0167.
Por mês, a central atendia cerca de 146.000 consumidores em todo o país. Apenas 6.000 solicitações já em andamento serão respondidas até julho. Ao todo, 125 trabalhadores terceirizados serão demitidos. A economia será de 4,8 milhões de reais.
Como reclamar – De acordo com a agência, o consumidor deverá procurar as próprias concessionárias de distribuição para fazer reclamações. Caso o problema não seja solucionado, só será possível encaminhar solicitações por meio de formulário eletrônico no site da agência ou por meio de correspondência enviada à sede da Aneel.
Contratos de apoio administrativo terceirizados serão reduzidos ou suspensos. A economia será de 2,8 milhões de reais, e 69 funcionários, de um total de 216, serão dispensados. Serviços de tecnologia que dão suporte às atividades da Aneel terão corte de 3 milhões de reais, e 45 dos 142 funcionários serão dispensados.
As fiscalizações em empresas de geração, transmissão e distribuição que usam dados da central para monitoramento e orientação de equipes e as atividades delegadas a agências estaduais também serão afetadas, com corte de 8,9 milhões de reais.
Gastos com viagens de 1 milhão de reais serão cortados. Também foram suspensas as sessões presenciais de audiências públicas a serem realizadas fora de Brasília, que consumiria 550.000 reais neste ano.
Para viabilizar suas atividades, a agência conta com a taxa de fiscalização que é paga na conta de luz de todos os consumidores. Neste ano, a previsão é que a taxa arrecade 489 milhões de reais. As despesas da agência com pessoal e benefícios, de 165 milhões de reais, não se sujeitam a cortes.
(Com Estadão Conteúdo)
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.