Com novo estádio, Inter Miami projeta receita recorde para seduzir Messi
Especialistas analisam os ganhos que o clube terá para seduzir o astro argentino a permanecer até o ano da Copa
O Inter Miami de Lionel Messi anunciou neste início de semana que as obras de construção do Miami Freedom Park, complexo onde ficará seu novo estádio, começam neste mês, com meta para inaugurá-lo em 2025, ano em que Lionel Messi encerra seu contrato, em dezembro. De acordo com informações divulgadas pelo clube, o empreendimento vai contar com 23 hectares e capacidade para 25 mil espectadores.
As partes iniciais da nova casa serão entregues no começo de 2025, e dentro deste projeto inaugural estão três hotéis, parque e estacionamentos, além da construção para lojas e centros de entretenimento. “Ter um espaço novo e moderno, que converse com a nova estratégia de marca e posicionamento do clube, demonstra o quanto eles estão se transformando constantemente em prol dos seus fãs”, explica Fernando Patara, cofundador e Head de Inovação do Arena Hub.
No campo dos negócios, aliás, o Inter Miami já projeta uma receita de 200 milhões a 250 milhões de dólares, o equivalente a mais de 1 bilhão de reais, já para 2024. Em 2022, antes da chegada de Messi, a receita foi de 56 milhões de dólares. “Os Estados Unidos sempre foram referência no que diz respeito à estrutura de novos estádios, e isso vem de décadas. Ao mesmo tempo, o Brasil sempre foi modelo de evolução tecnológica, visto que sempre exportamos não apenas conhecimento, mas também ótimos profissionais”, analisa Tironi Paz Ortiz, Founder CEO da Imply.
Já em relação ao novo estádio, é possível monetizar entre 2,5 e 3,5x mais do que em eventos anteriores, por conta do ineditismo, vendas com novos sponsors e experiências, de acordo com especialistas. “O efeito Messi vem demonstrando o enorme potencial do negócio futebol para o clube e para a cidade”, avalia Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.
Outra projeção estimada diz respeito ao valor da franquia, que antes da chegada de Messi era de 600 milhões de dólares, e para 2024 deve saltar para 1,7 bilhão de dólares. “Depois da chegada do Messi, o Inter Miami, que ainda é muito novo, passou a viver uma nova fase, conquistando novos públicos e expandindo os horizontes. A construção desse complexo pode gerar inúmeras oportunidades de receita e, inclusive, causar um salto no número de sócios-torcedores da equipe”, projeta Henrique Borges, CEO da Somos Young, empresa que atua no atendimento a sócios-torcedores de clubes como Bahia, Vasco e Cruzeiro.