Com mais de R$ 36 bilhões, janela de transferências bate recorde
Relatório da Fifa aponta aumento no número de negociações em relação ao meio de 2022
Um relatório da Fifa divulgado na sexta-feira, 8, aponta que a última janela de transferências, que se encerrou no dia 1 de setembro, bateu recorde, com mais de 36 bilhões de reais gastos – um aumento de 45% com gastos nas taxas e 2,2% no número de movimentações, comparado com o mesmo período de 2022. No total, foram realizadas 10 125 transferências internacionais. O recorde anterior foi estabelecido em 2019. “O valor total gasto com transferências de atletas, sem um imprevisto como o da pandemia, tende a crescer continuamente, mas sauditas agregaram a esse fluxo um novo e relevante componente, ao contribuírem com cerca de 10% dos gastos mundiais com rescisões contratuais”, analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, que gerencia as carreiras de Vini Jr, Lucas Paquetá, Endrick e Gabriel Martinelli.
O país que liderou os gastos foi a Inglaterra, com 1,98 bilhão de dólares, envolvendo 449 novos reforços e 514 vendas. A contratação mais cara também veio da Premier League, com o volante equatoriano Moisés Caicedo, de 21 anos, que saiu do Brigthon para o Chelsea por 133 milhões de euros (cerca de 719 milhões de reais).
A Liga Árabe, pela primeira vez na história, superou competições mais tradicionais da Europa e foi a segunda que mais gastou, com 875 milhões de dólares (5 bilhões de reais), ficando à frente da Ligue 1 (859 milhões de dólares), Bundesliga (762 milhões de dólares), Calcio (711 milhões) e La Liga (405 milhões de dólares). O clube árabe que mais investiu foi o Al-Hilal, com 353 milhões de euros (1,8 bilhão de reais). Em todo o mundo, apenas o Chelsea gastou mais, com 464 milhões de euros nesta janela. “Ainda é muito precoce dizer que será um concorrente direto da Europa, no sentido do jogo. Se um jogador aspira pela qualidade e desenvolvimento de sua carreira, ele ainda está vinculado a uma das cinco principais ligas do mundo, que é França, Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha”, opina Sandro Orlandelli, Membro da UEFA Academy e especialista na identificação de talentos pela FA, a federação inglesa de futebol.