Com mais de 1,9 mil emendas, regulamentação da tributária deve ser votada na próxima 4ª
Até ontem os senadores apresentaram 1.937 propostas sugerindo mudanças no texto que define as regras do IVA
Uma das prioridades do Senado, a votação do projeto de lei que regulamenta a Reforma Tributária terá o relatório do relator senador Eduardo Braga lido na próxima segunda-feira, 9, na Comissão de Constituição e Justiça e irá a plenário na quarta-feira, 10. Mas, os parlamentares têm um obstáculo relevante pela frente: até agora os senadores apresentaram quase 2 mil emendas no texto que trata das características do imposto sobre valor agregado (IVA), criado pela Reforma Tributária.
Até ontem, terça-feira dia 3 dezembro, os senadores apresentaram 1937 emendas sugerindo mudanças no texto. Para se ter uma ideia, em sua tramitação na Câmara o texto recebeu menos da metade de sugestões de mudanças: 805 emendas.
A mais recente emenda até a manhã desta quarta-feira, é a do senador Jorge Kajuru, que solicita ajuste ao texto da PLP Nº 68/2024, em relação às exportações, “de forma a prever modalidade de suspensão do recolhimento dos tributos condicionando os pagamentos ao momento em que ocorre a saída para o exterior de produtos resultantes da industrialização”.
O relator do projeto de lei no Senado, senador Eduardo Braga disse, na terça-feira, 4, que tinha a intenção de apresentar o relatório do PL na sessão desta quarta-feira da Comissão de Constituição, mas o relatório será lido na próxima segunda-feira, segundo o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (UB-AP). Ontem, Braga esteve com o ministro Fernando Haddad para acertar os últimos ajustes do primeiro projeto de regulamentação da reforma.
Em mais de um mês de debates, na CCJ foram feitas 13 audiências públicas, duas a mais que o previsto no plano de trabalho. Braga informou que ouviu quase 200 debatedores e recebeu mais de 800 pessoas em seu gabinete.Além disso, foram 21 audiências públicas realizadas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que, apesar de não votar o projeto, contribuiu com a análise por meio de um grupo de trabalho coordenado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF).