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Com feriado nos EUA, ativos financeiros no Brasil oscilam perto da estabilidade de olho em agenda fiscal

‘Memorial Day’ mantém negócios fechados na praça americana, enquanto investidores aguardam novidades no pacote fiscal do governo

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 Maio 2025, 11h50 - Publicado em 26 Maio 2025, 11h49

Em dia de liquidez reduzida devido ao feriado do “Memorial Day” nos Estados Unidos, os mercados no Brasil oscilam perto da estabilidade, com investidores à espera principalmente de novidades na agenda fiscal doméstica e no exterior.

No começo da tarde desta segunda-feira, 26, o Ibovespa tinha leve alta de 0,24%, a 138.184 pontos, enquanto o dólar comercial subia 0,26%, aos 5,66 reais.

O cenário local é marcado por dúvidas dos agentes de mercado em relação aos movimentos recentes do governo em torno de medidas para o cumprimento das metas fiscais. 

A mais nova iniciativa do governo é o congelamento de 31,3 bilhões de reais no Orçamento de 2025, sendo 10,6 bilhões de reais de bloqueios e outros 20,7 bilhões de reais em contingenciamentos. Nesta manhã, circulam informações de que a Fazenda aguarda apenas o aval do governo para liberar uma contenção de 2 bilhões de reais.

O contingenciamento é um expediente de prazo mais longo usado pelo governo quando a receita fica muito abaixo do previsto. Já os bloqueios interrompem de forma temporária os gastos, que podem ser revertidos com mais maleabilidade. As despesas previdenciárias, segundo a equipe econômica, foram o grande elemento a motivar o congelamento orçamentário.

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No anúncio do congelamento, os investidores receberam bem os números, tendo em vista que se tratam de medidas voltadas para a contenção de despesas. Mas logo o jogo virou: na contrapartida para elevar a arrecadação, o governo também anunciou um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), atingindo diversos tipos de operações no país.

A má recepção dos interlocutores de mercado levou o governo e recuar de alguns pontos sobre o IOF, gerando ainda mais ruído e novos efeitos sobre os mercados, com queda do Ibovespa e alta do dólar.

No lado externo, os investidores seguem acompanhando os movimentos do presidente americano, Donald Trump, em relação à agenda fiscal e à guerra fiscal travada com mais de uma centena de países. No último domingo, 25, Trump decidiu estender até 9 de julho o prazo para negociações com a União Europeia, após pedido do bloco para ter mais tempo para avaliar a situação.

Além disso, o ambiente ainda é sensível para os negócios lá fora depois da decisão da agência de classificação de risco Moody’s de remover o triplo A da nota de crédito dos Estados Unidos e substituí-lo para AA1, a primeira revisão da nota em 100 anos. Embora ainda signifique uma excelente situação de crédito, a nova nota balança a confiança dos investidores quanto à piora da situação fiscal do país.

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