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Com cadastro positivo, bancos saberão nota de crédito do consumidor

Cada consumidor terá uma nota, que vai variar de zero a 1.000 – quanto mais alta, melhor pagador ele é

Por Redação
10 Maio 2018, 08h11

A ampliação do cadastro positivo mudará a forma como a avaliação de risco de crédito dos consumidores é feita. Com a mudança proposta, cada consumidor terá uma nota, que vai variar de zero a 1.000 – quanto mais alta, melhor pagador ele é.

Depois de meses de idas e vindas no Congresso, o texto-base do projeto do novo cadastro positivo foi aprovado nesta quarta-feira na Câmara por 273 votos contra 150. Por decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação dos destaques à proposta ficou para a próxima terça. Com o quórum mais baixo, havia o risco de que emendas que desfiguram o texto original fossem aprovadas.

O cadastro vai reunir o histórico de pagamento de todos os consumidores com CPF, dessa forma será possível saber se ele paga suas contas em dia ou não.

Isso não significa que o consumidor com nota baixa ficará sem crédito, segundo o vice-presidente de informações sobre o consumidor da Serasa Experian, Vander Nagata. Ele diz que cada instituição utiliza critérios próprios para concessão de crédito ou aprovação de uma venda a prazo.

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“A instituição é que vai definir se vai utilizar apenas o score de crédito para vender ou se levará em conta outras informações. Uma grande loja pode ter o próprio histórico de pagamentos. Baseado nisso, ela pode até dar crédito para alguém negativado”, afirma Nagata.

Segundo ele, a ideia da Serasa é permitir que cada consumidor possa consultar a própria nota gratuitamente e de forma ilimitada. O vice-presidente da Serasa afirma que o histórico de pagamentos não será liberado de forma indistinta para consulta. “Poderá se consultar o score. O histórico positivo só poderá ser consultado se o consumidor autorizar.”

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O cadastro positivo brasileiro permitirá que o consumidor peça para ser retirado dele a qualquer momento. E se quiser voltar, poderá ser reincluído. Nagata diz que o cadastro positivo é um avanço em relação ao negativo, que é a ferramenta utilizada hoje na concessão de crédito.

“Hoje, já tem o negativo, o mercado já sabe quem é inadimplente. Essa é uma informação compartilhada por décadas. O lado positivo ninguém sabe. A pessoa pode estar inadimplente, mas paga em dia o aluguel, a escola, o cartão e ninguém sabe. O cadastro conseguirá olhar isso de maneira completa”, afirma ele.

Os bancos e empresas de crédito afirmam que o cadastro positivo permitirá a redução das taxas de juros para os bons pagadores. Os órgãos de defesa do consumidor duvidam da promessa e apontam para a violação da lei da privacidade.

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