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Com ajuda da Argentina, exportações de carros têm melhor resultado em 7 anos

Resultado do mercado interno, no entanto, acende alerta para o último quadrimestre, diz presidente da Anfavea, Igor Calvet

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 set 2025, 11h36 - Publicado em 9 set 2025, 11h22

As exportações deram fôlego à indústria automobilística em agosto. O setor embarcou 57,1 mil veículos, o melhor resultado desde junho de 2018, segundo a Anfavea divulgou nesta terça-feira, 9. O volume representa alta de 19,3% em relação a julho e de 49,3% sobre o mesmo mês de 2024. A Argentina respondeu por 59% das compras, consolidando-se como principal destino dos veículos nacionais. No acumulado de janeiro a agosto, foram exportadas 313,3 mil unidades, número 12,1% superior ao registrado nos oito primeiros meses do ano passado.

“O crescimento da nossa produção nos últimos meses decorre da maior presença de nossas associadas no mercado externo”, afirmou o presidente da Anfavea, Igor Calvet. Em agosto, a produção totalizou 247 mil unidades, praticamente estável frente a julho (+3%) e inferior a agosto do ano passado (-4,8%). No acumulado do ano foram produzidos 1,743 milhão de veículos, alta de 6% ante 2024.

No mercado interno, o cenário é de estabilidade, mas com mudanças no perfil de consumo. Em agosto, foram 225,4 mil veículos emplacados, e a média diária de vendas ficou em 10,7 mil unidades, o segundo mês do ano em que o ritmo ficou abaixo do registrado em 2024. “Esse resultado acende um alerta para o último quadrimestre, que precisa acelerar para acompanhar o desempenho do ano passado”, disse Calvet.

O destaque ficou para os importados, cujas vendas cresceram 12,1% no acumulado do ano. Pela primeira vez, a China superou a Argentina como principal origem dos carros importados emplacados no Brasil. Já os modelos nacionais no varejo recuaram 9,3%, enquanto os importados avançaram 17,3%.

O Programa Carro Sustentável,  iniciativa do governo federal brasileiro, inserida no programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), e que concede benefícios fiscais sustentou parte das vendas. O incentivo à venda de veículos mais econômicos e sustentáveis, com  oferta de isenção total do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros que atendam a critérios específicos, deu resultado. Em dois meses, elevou em 26% as vendas dos modelos habilitados. Outro ponto positivo veio dos eletrificados: 25% das vendas de híbridos e elétricos no ano são de produção nacional.

Entre os segmentos, o mais pressionado é o de caminhões. Em agosto, pela primeira vez em 2025, a produção acumulada recuou em relação ao ano anterior (-1%). O mercado interno já vinha em queda desde abril, afetado por juros altos, inadimplência e atividade econômica mais fraca. “Nem a alta das exportações está sendo suficiente para sustentar os níveis de produção, o que já começa a se refletir em perdas de postos de trabalho nas fábricas de pesados”, diz Calvet.

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