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Com a taxa das blusinhas, desistência de compras internacionais salta para 38%

Pesquisa mostra que custo do Imposto de Importação leva 4 em cada 10 consumidores a abandonar compras em sites estrangeiros

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 out 2025, 10h37

A taxação das compras internacionais de até 50 dólares mudou o comportamento do consumidor. Ao descobrir o custo do Imposto de Importação, grande parte tem desistido de comprar produtos de lojas de outros países.  Em um ano, o percentual dos que desistem de finalizar pedidos ao descobrir valor do tributo saltou de 13% para 38%, segundo pesquisa da CNI com a Nexus. O levantamento comparou dados sobre hábitos de consumo da população em maio de 2024 com outubro de 2025.

Apelidado de taxa das blusinhas, o imposto criado no ano passado tem alíquota de 20%  sobre compras internacionais até 50 dólares. Para produtos que custam entre 50,01 dólares e 3.000 dólares, a alíquota  é de 60% (com desconto fixo de  20 dólares).

O efeito é mais forte entre quem mais compra lá fora: 51% dos consumidores com ensino superior recuaram. Entre jovens de 16 a 24 anos e 25 a 40 anos, o índice chega a 46%. Na faixa acima de 5 salários mínimos, 45% desistiram.

Mas não é só a taxa das blusinhas que está afetando as decisões sobre compras internacionais. Também aumentou, de 32% para 36%, o total de consumidores que deixaram de importar por causa do custo com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O percentual de desistência cresce entre as pessoas com ensino superior (48%); os mais jovens (45%); aqueles que ganham mais de cinco salários mínimos (41%); 

Compras nacionais crescem

Mas a pesquisa também mostra que o aumento do imposto redirecionou a demanda.  Os consumidores que passaram a buscar similares com entrega nacional subiram de 22% para 32%. Já a desistência total caiu de 58% para 42%. Até em loja física houve leve alta: de 13% para 14%. E outros sites internacionais passaram a ser alternativa para 11%, antes 6%.

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Marcio Guerra, superintendente de Economia da CNI, diz que a implementação do Imposto de Importação é o início de um processo que busca trazer mais justiça e competitividade para a indústria nacional. “No entanto, o imposto ainda está em um patamar muito aquém do necessário para chegarmos a esse equilíbrio, pois a carga tributária de outros países é muito menor que a nossa”, afirma.

 

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