Com 4 da equipe de Temer, Guedes anuncia nomes para Ministério da Economia
Assessor da atual Casa Civil será 'número dois' de Guedes e ministro do Planejamento de Temer será secretário adjunto da Fazenda
O futuro ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, anunciou neste sábado, 8, seis nomes que ocuparão postos-chave em sua equipe na pasta. Quatro dos indicados fazem parte da equipe econômica do presidente Michel Temer, incluindo o atual ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, que será o secretário adjunto da Fazenda na gestão Guedes.
Antes de assumir a pasta no governo Temer, em abril de 2018, Colnago foi secretário-executivo adjunto dos ministérios da Fazenda e do Planejamento e presidente do Conselho do BNDES e do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN).
O escolhido por Paulo Guedes para ser secretário-executivo do Ministério da Economia, segundo posto mais importante da pasta, é o economista Marcelo Guaranys, atual subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil do governo Temer. Durante os mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff, ele foi diretor-presidente e diretor de Regulação Econômica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e assessor especial para infraestrutura na Casa Civil.
Outro nome da equipe econômica do emedebista indicado por Paulo Guedes é o do futuro secretário-geral da Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior. Assessor especial do Ministério da Fazenda e presidente do Conselho Fiscal da BB-Corretora, braço de seguros do Banco do Brasil, Rodrigues é pesquisador concursado pelo IPEA e Consultor do Senado Federal na área Política Econômica.
O quarto nome colhido por Paulo Guedes na equipe de Michel Temer é Gleisson Cardoso Rubin, atual secretário-executivo do Ministério do Planejamento, isto é, braço direito de Esteves Colnago.
No governo Bolsonaro, contudo, os dois não atuarão na mesma área. Rubin foi indicado para ser Secretário-Geral Adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, setor que terá como secretário-geral Paulo Uebel, ex-secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo durante o mandato de João Doria (PSDB). Uebel já foi diretor executivo do Instituto Millenium, criado por Guedes para promover o liberalismo econômico, e CEO Global do Lide, empresa de Doria.
Também fará parte da equipe do Ministério da Economia de Paulo Guedes o economista Carlos da Costa, que ocupará a Secretaria-Geral de Produtividade e Competitividade da pasta. Ex-executivo do banco JP Morgan e sócio-diretor do Ibmec Educacional, Costa foi diretor de Planejamento Crédito e Tecnologia do BNDES no governo de Michel Temer.