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China lança pacote de estímulo e coloca bolsas globais no azul

Abertura de mercado: Medidas anunciadas pelo país asiático focam em estímulo ao crédito e ao consumo após a população ter reduzido a demanda

Por Tássia Kastner
24 set 2024, 09h17

A China anunciou nesta terça-feira um pacote de medidas econômicas que tem como objetivo reanimar a anêmica demanda dos consumidores. Trata-se de um trabalho hercúleo. Entre as decisões estão a redução da taxa de juros, do volume de compulsório (o dinheiro que bancos deixam parado no Banco Central) e ainda das taxas de crédito imobiliário.

Aqui o foco é o estímulo ao crédito e ao consumo, isso após a população ter reduzido a demanda após uma crise imobiliária cujo gatilho foi o colapso da incorporadora Evergrande, que começou em 2021.

Um segundo pacote de medidas é relacionado ao mercado de capitais. Um deles é a criação de um fundo de liquidez para estabilizar as cotações das empresas negociadas em bolsa. Quando as ações registram desvalorizações muito expressivas, investidores têm a sensação de empobrecimento, o que acaba limitando o consumo.

Em um ano, o índice CSI 300, o mais importante da China, recua mais de 10%. Como comparação, na mesma janela o S&P 500 sobe 33%. E nos últimos cinco anos, o tombo do índice chinês é de 33%, ante valorização de 90% do americano.

A primeira reação dos investidores foi positiva: o CSI avançou 4,33%, alta similar ao índice de Hong Kong. Na Europa, as ações também avançam, e a tendência é seguida pelos futuros americanos. No Ocidente, a agenda econômica é fraca nesta terça.

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Também na esteira da China, as commodities avançam sob a expectativa de reativação da demanda chinesa. O petróleo sobe mais de 2% e recupera o patamar de US$ 75 por barril, cotação que não era vista desde o início de setembro. A escalada no conflito no Oriente Médio, com bombardeios entre Israel e Líbano, também impulsionam o brent.

O EWZ, referência da bolsa brasileira em Nova York, pega carona nessa virada positiva e avança, num esforço de recuperação das ações após perdas recentes. No mercado doméstico, investidores seguem às voltas com o desempenho das contas públicas.

No noticiário doméstico, há ainda a ata do Copom, documento no qual o BC explica por que decidiu subir a taxa de juros na última reunião e dá pistas sobre o futuro da Selic.

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10h: Michelle Bowman (Fed) participa de evento
11h: EUA divulgam índice de confiança do consumidor de setembro
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