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CEO da Americanas revela evidências de fraude em depoimento à CPI

Ex-diretor supostamente envolvido no que a empresa chama de fraude falava em ‘morte súbita’ se caso viesse a público

Por Felipe Erlich Atualizado em 13 jun 2023, 18h39 - Publicado em 13 jun 2023, 17h37

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o rombo da Americanas, o diretor-presidente da companhia, Leonardo Coelho Pereira, detalhou as evidências que o fazem classificar a situação como fraude, e não mera inconsistência contábil, como era feito até ontem. Nesta terça-feira, 13, a companhia divulgou fato relevante em que reconheceu formalmente a existência da fraude, que, também segundo a Americanas, ocorreu durante a gestão do ex-CEO Miguel Gutierrez e envolveu seis ex-diretores. “(Os fatos apresentados) não mais me permitem, enquanto diretor-presidente da Americanas, tratar (o rombo) como inconsistências contábeis”, frisou Pereira ao encerrar sua fala no Congresso Nacional.

A conclusão trazida pelo executivo é que o escândalo se tratou de uma fraude de resultado, em que o antigo alto escalão da companhia mascarava dados financeiros de modo a ludibriar o mercado. Os ex-diretores da Americanas envolvidos na fraude trocavam informações com classificações distintas para o que era de seu conhecimento e de conhecimento do mercado, o que configura um grave atentado contra a transparência das contas. Documentos marcados com o termo “Visão Interna” apresentavam números distintos de outros, esses marcados como “Visão do Conselho”.

Em mensagem de WhatsApp apresentada por Pereira na CPI, o ex-diretor Thimotheo Barros fala explicitamente em ocultação de informações. “Estava refletindo sobre nossa alavancagem em março 2017. Não podemos mostrar para o conselho e mercado nada acima de 3.3-3.5. Será morte súbita”, diz a mensagem enviada em março de 2017.

A atual gestão da Americanas também afirma que a dívida gerada pela operação de risco sacada na época não constava das demonstrações financeiras enviadas ao Conselho de Administração, porque a dívida em questão era anulada por outra fraude. “Verificou-se que eram lançados no sistema redutores de custo inexistentes”, diz a comunicação oficial da empresa ao tratar da falsificação de documentos. Ex-diretores da Americanas também são acusados de “criar” documentos de maneira irregular.

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