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CCR arremata trecho da BR-163 no MS com desconto de 52,7%

Empresa ofereceu preço do pedágio de 4,381 reais para 100 quilômetros, abaixo da tarifa-teto do edital, de 9,27 reais por 100 quilômetros

Por Da Redação
17 dez 2013, 09h43

A CCR, controlada por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido, levou o trecho da BR-163, no Mato Grosso do Sul, leiloado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O preço do pedágio proposto pela vencedora foi de 4,381 reais para 100 quilômetros (0,04381 real por km), um deságio de 52,74% em relação à tarifa-teto estabelecida pelo governo (9,27 reais/100 quilômetros).

O trecho licitado nesta quarta-feira é a continuação dos 850,9 quilômetros da rodovia BR-163 no Mato Grosso. O trecho de 847,2 quilômetros foi disputado por seis grupos: CCR, Queiroz Galvão, Invepar, Odebrecht, Triunfo Participações e o Consórcio Rota do Futuro, liderado por Ecorodovias. A segunda colocada, o consórcio Rota do Futuro, apresentou uma proposta de 5,175 reais/100 km, deságio de 44,17%.

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O trecho leiloado faz parte da rota usada pelo agronegócio do Centro-Oeste para exportar grãos especialmente pelo Porto de Paranaguá e exigirá investimentos de 5,69 bilhões de reais em 30 anos de concessão. A concessão consiste na exploração da infraestrutura e da prestação do serviço público de recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade de trecho da rodovia BR-163.

Apesar de estar com capacidade de utilização acima de 80%, o trecho do Mato Grosso do Sul está melhor que o de Mato Grosso, cuja concessão foi arrematada pela Odebrecht, com deságio de 52% (pedágio de 2,64 reais). A BR-163 é uma das principais rodovias de transporte de soja em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para os portos do Sudeste, especialmente Santos e Paranaguá.

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Segundo a CCR, em coletiva de imprensa, o início do pagamento do pedágio pelos brasileiros será após 18 meses da assinatura do contrato, período em que a empresa terá de duplicar, pelo menos, 10% do trecho. O ministro dos Transportes, César Borges, reiterou a jornalistas que a rodovia leiloada tem um intenso tráfego de caminhões – cerca de 60% da movimentação total. “Dos 847 quilômetros, 806 serão duplicados, um número importante. Dos 7.000 veículos que passam, em média, diariamente pelo trecho do MS, 4.500 são caminhões. É uma importante rodovia para levar a safra a custos menores aos portos”, disse Borges. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será o grande financiador da CCR no projeto.

Há duas semanas, a Triunfo Participações venceu a concorrência da rodovia que liga Brasília e Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, com trechos das BRs 060, 153, 262, com deságio de 52%.

Na semana que vem, o governo deve promover a última disputa do ano: a BR-040 (DF/GO/MG). Na avaliação do professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, trata-se do filé mignon da 3.ª Etapa das Concessões Rodoviárias Federais. “Ela cruza Minas Gerais em área muito rica e abre uma perspectiva para as exportações para o Rio. Do outro lado, faz a ligação com Brasília.” Para 2014, o governo deverá fazer apenas mais um leilão: o da BR-153, entre Anápolis (GO) e Palmas (TO). O foco no ano que vem serão ferrovias.

(com Estadão Conteúdo)

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(Atualizado às 11h15)

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