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Campos Neto: incerteza sobre o fiscal pode afetar a política monetária

Além do cenário doméstico, presidente do BC chama atenção para o cenário global e diz que a alta dos preços é a principal ameaça para a economia mundial

Por Luana Zanobia Atualizado em 17 abr 2024, 17h08 - Publicado em 17 abr 2024, 14h32

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, reforçou o compromisso firme da autoridade monetária em combater a inflação. Com a promessa de fazer “o que for necessário para ancorar a inflação”, Campos Neto destacou o índice como a maior ameaça atual à estabilidade econômica global.

Campos Neto afirmou que, apesar de muitas das incertezas presentes no cenário econômico mundial serem resultado de dinâmicas globais, o Brasil enfrenta seus próprios desafios fiscais internos. Esses desafios ganharam contornos mais nítidos com a recente revisão das metas fiscais para 2025, quando o governo alterou a expectativa de um superávit primário de 0,5% para um cenário de déficit zero. 

“A âncora fiscal e a monetária são muito relacionadas. Se você perde credibilidade ou se você está indo para um cenário de maior incerteza sobre o âncora fiscal, isso torna mais custoso o trabalho do outro lado”, diz Campos Neto sobre a alteração das metas. Segundo ele, o BC compreende que houve uma necessidade de mudança dos objetivos de resultado primário para os próximos anos, mas que a visão da autoridade monetária é que se “deveria permanecer com a meta e fazer o que fosse necessário para atingi-la”.

O presidente do BC e essa questão junto ao cenário externo desafiador podem mexer com os juros. Campos Neto trouxe à tona dados que mostram uma tendência de desinflação nos preços ao consumidor no Brasil, embora tenha expressado preocupação com a desancoragem das expectativas de inflação de longo prazo. Notadamente, a inflação de serviços, que continua resistente, aponta para uma maior resiliência em segmentos diretamente associados ao mercado de trabalho. Essa situação evidencia uma desconexão nas expectativas que são cruciais para a convergência das metas inflacionárias.

Além disso, Campos Neto comentou sobre as recentes turbulências no mercado financeiro, observando uma significativa reprecificação de ativos, particularmente nos mercados emergentes, em resposta às alterações nas expectativas de política monetária dos Estados Unidos, onde anteriormente se antecipava uma redução dos juros, o que se torna agora menos provável.

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