Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Câmara aprova texto-base de projeto que amplia a terceirização

Em derrota do governo e do PT, proposta foi aprovada por 324 votos a favor, 137 contra e 2 abstenções

Por Gabriel Castro, de Brasília
8 abr 2015, 21h32

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o texto-base do projeto de lei que amplia a possibilidade de terceirização de mão de obra. Ainda restam destaques e sugestões de alterações no texto, que devem ser discutidos na terça-feira da semana que vem. Depois disso, a proposta vai ao Senado Federal. O governo e o PT, que pediam mais tempo para discutir o texto, acabaram derrotados na votação desta terça. Foram 324 votos a favor, 137 contra e 2 abstenções.

Atualmente, as empresas só podem terceirizar o serviço de atividades-meio, como limpeza e segurança predial. Pela proposta aprovada na Câmara, também seria possível terceirizar atividades-fim. Um hospital, por exemplo, poderia contratar médicos por meio de outra empresa, sem formar vínculo empregatício com os profissionais – exceto quanto a contratante for empresa pública ou de economia mista.

Apesar da ausência de vínculo, a empresa que recorrer à terceirização está sujeita às obrigações trabalhistas, tributárias e previdenciárias da contratação. É dever dela fiscalizar o pagamento desses direitos. Se não o fizer, poderá ser responsabilizada de forma solidária à companhia contratada.

O texto aprovado também prevê que, se a contratada não fizer os pagamentos devidos aos trabalhadores, a contratante deve reter parte do pagamento mensal para assegurar o cumprimento desses direitos. A proposta estabelece ainda que a contratante não pode proibir nem impor condições para a contratação de empregados pela contratada. Em caso de descumprimento, as empresas podem ser multadas.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Terceirização: entenda o que está em discussão

Governo quer arrecadar R$ 5,1 bi com fiscalização do trabalho

Continua após a publicidade

Negociação – O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que ainda havia trechos da proposta a negociar e pediu mais tempo antes da votação. “Não é verdade que foi tudo consolidado aquilo que foi negociado com o Ministério da Fazenda. tem questões em aberto que vão ser discutidas daqui até terça-feira”, disse ele. O governo trabalha para que a proposta não resulte em elevação de impostos e, por outro lado, tenta construir um texto que suscite menos críticas de entidades sindicais.

Em nota, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, criticou a aprovação da medida. “O projeto é ruim, pois permite que toda relação de trabalho seja terceirizada, portanto, precarizada. Reduz os salários e os fundos de seguridade social. Não é bom para os trabalhadores. Não é bom para o país”, defendeu.

O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que os sindicatos ligados ao PT reagem à proposta porque vão perder influência e dinheiro da contribuição sindical. “O que está em jogo é o financiamento da CUT para contratar de forma terceirizada capangas para vir à porta do Congresso e apoiar a política de terceirização da Petrobras promovida pelo PT”, disse ele.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.