C&A começa processo para realizar IPO no Brasil
Oferta de ações envolve papéis novos cujos recursos serão usados para pagar empréstimos e para expansão orgânica; operação deve ocorrer em outubro

A C&A, uma das maiores varejistas de moda em atividade no país, pediu autorização para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), de acordo com prospecto preliminar arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A operação envolve lotes primário, ações novas cujos recursos da venda serão usados para pagar empréstimos entre empresas do grupo e para expansão orgânica, e secundário, papéis detidos pelos sócios Cofra Investments e Incas S.A., ambos com sede em Luxemburgo. A listagem ocorrerá no Novo Mercado, que é o segmento de maior exigência de governança corporativa da B3. O prospecto não informou, contudo, o número de ações que serão oferecidas nem o cronograma da oferta.
A empresa decidiu fazer um “IPO secreto”, não disponibilizando algumas informações da varejista ao público, tais como o demonstrativo financeiro e outros dados sobre sua atividade, que não serão acessíveis em um primeiro momento. A oferta da C&A deve ocorrer em outubro e será coordenada pelas instituições Morgan Stanley, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi, Santander e XP Investments.
A alternativa de uma companhia optar por um “IPO Secreto”, no qual o documento protocolado não fica disponível ao público de imediato, foi aberta neste ano pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e seguiu uma alternativa já existente nos Estados Unidos, que permite essa confidencialidade desde 2011. Ao lado da estreia da C&A, já têm pedido protocolado junto à CVM a Iguá Saneamento, Vivara e o banco BMG.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)