Brasil cria 71,6 mil empregos formais em março, pior desempenho para o mês desde 2020
Ministério do Trabalho e Emprego divulgou dados do mercado de trabalho, com 2,2 milhões de admissões no mês

A economia brasileira criou 71.576 postos de trabalho formais em março deste ano, fruto de 2,234 milhões de admissões no mês e 2,163 desligamentos, segundo os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na tarde desta quarta-feira, 30. O resultado é o pior desempenho para um mês de março desde 2020, quando houve fechamento de 294.985 vagas em meio à pandemia da Covid-19.
Em relação a março de 2024, quando o Brasil abriu 245.395 postos de emprego, a queda foi de 71%. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, houve criação de 654.503 vagas, número 9,8% menor do que o mesmo período de 2024, quando o saldo foi de 725.973 empregos.
Segundo o MTE, três dos cinco grandes grupamentos da atividade econômica tiveram saldos positivos, caso de serviços (com 52.459 novas vagas), construção (com 21.946 novas vagas) e indústria (com 13.131 novas vagas). Comércio e agropecuária tiveram saldos negativos no mês, com fechamento de 10.310 vagas e 5.664 vagas, respectivamente. Entre os estados, 19 de 27 regiões tiveram saldos positivos na criação de empregos, com destaque para São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
Nos últimos 12 meses, o saldo de criação de vagas é de 1,613 milhão, levemente inferior aos 1,642 milhão nos 12 meses anteriores. Ainda segundo o Caged, o estoque empregados celetistas, considerando o setor privado e público, é de 47.857 vínculos, um novo recorde, segundo o ministro Luiz Marinho.
O salário médio real de admissão em março deste ano foi de 2.225,17 reais, leve aumento ante fevereiro deste ano e março de 2024.