Por Cláudia Violante, da Agência Estado
São Paulo – A esperada realização de lucros na Bovespa foi mais uma vez adiada. O principal índice à vista até pisou no vermelho no início dos negócios, mas as compras ganharam força e o índice fechou pela quarta sessão seguida no azul. No finalzinho do dia, no entanto, o fôlego diminuiu e o nível de 62 mil pontos em que a bolsa operou praticamente toda a sessão virou pó.
O Ibovespa subiu 0,33%, aos 61.926,69 pontos, maior nível desde 7 de julho de 2011 (62.207,33 pontos). Com o resultado de hoje, acumula ganho de 4,7% em quatro sessões, desempenho que vai a +9,11% no acumulado do mês e do ano. Na mínima de hoje, a Bolsa registrou 61.566 pontos (-0,25%) e, na máxima, os 62.181 pontos (+0,74%). O giro totalizou R$ 7,001 bilhões. Os dados são preliminares.
“A Bovespa está com alguns preços bastante descontados. Como os dados dos Estados Unidos estão mostrando melhora naquela economia, os investidores aproveitam esse momento do mercado doméstico”, comentou o analista José Góes, da Stock Asset. Ele destacou, no entanto, que à medida que o índice se aproxima dos 65 mil pontos os ganhos vão ficando mais comedidos.
Hypermarcas ON liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 6,70%, seguida por B2W ON (+5,72%) e MRV ON (+4,76%). Petrobras ON encerrou com baixa de 0,19% e a PN, de 0,66%, enquanto Vale ON ficou 0,28% mais barata e a PNA caiu 0,19%.
O que ajudou a Bovespa a subir foi o sinal positivo exibido pelas bolsas no exterior. Nos EUA, as ações receberam suporte da forte queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego, de 50 mil, na maior baixa semanal desde o fim de setembro de 2005. A previsão era de baixa de 19 mil vagas.