Bovespa perde 22% e dólar ganha 8,97% no semestre
Apesar da melhora nos últimos dias, mercado voltou a enfrentar incertezas nesta sexta, após declarações de um diretor do Fed
A bolsa de valores de São Paulo, Bovespa, fechou em queda de 0,32% nesta sexta-feira, após três pregões de valorização. O saldo para o mercado de ações no Brasil é de perdas. Em junho, a Bolsa caiu 11,31% e, no ano, acumula perda de 22,14% – o pior semestre desde o estouro da crise financeira global de 2008.
O movimento de baixa no início dos negócios se acentuou ainda pela manhã, após declarações de um diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deixarem os investidores nervosos em Wall Street. Fed Jeremy Stein citou setembro como um mês em que o BC dos EUA poderia começar a comprar menos do que os atuais 85 bilhões de dólares por mês em bônus.
O mal-estar foi minimizado pelo dado de junho da confiança do consumidor norte-americano da Universidade de Michigan, que veio melhor do que o esperado. O índice subiu para 84,1 na leitura final de junho, de 82,7 na leitura preliminar de junho, e acima das expectativas dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de leitura de 83,0.
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Mesmo assim, o Ibovespa encerrou em queda, aos 47.457,13 pontos. O volume financeiro foi de 8,97 bilhões de reais. Dentre as maiores perdas ficaram as ações das empresas de Eike Batista: MMX ON (-10,91%); LLX Logística ON (-8,83%); OGX ON (-5,95%); além de B2W ON (-7,75%) e Usiminas PNA (-6,16%).
Câmbio – O dólar voltou a fechar com alta de mais de 1% ante o real nesta sexta-feira, próximo às máximas do dia, apesar das atuações do Banco Central. A moeda norte-americana ganhou 1,63% nesta sessão, a 2,2317 reais na venda, após atingir 2,2345 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 3,6 bilhões de dólares.
Com isso, em junho, o dólar acumulou alta de 4,17% ante o real. No trimestre encerrado neste mês, o avanço ficou em 10,40%, o maior desde o segundo trimestre de 2012, quando a moeda norte-americano subiu 10,65%. No ano, até junho, a divisa ganhou 8,97%.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)