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BOVESPA-Índice recua pelo 5o pregão seguido, com Europa no foco

Por Da Redação
14 Maio 2012, 13h30

SÃO PAULO, 14 Mai (Reuters) – O principal índice da bolsa paulista operava em forte queda e testava o piso dos 58 mil pontos nesta segunda-feira, acompanhando pessimismo internacional, em meio ao impasse político na Grécia e suas implicações para a zona do euro.

Às 13h30, o Ibovespa recuava 2,12 por cento, a 58.187 pontos, emendando o quinto pregão consecutivo de baixa e mantendo-se no menor patamar dos últimos quatro meses. O giro financeiro do pregão era de 2,78 bilhões de reais.

“A bolsa na realidade está até aguentando bem”, disse Márcio Cardoso, diretor na Título Corretora. “Dois por cento de queda é até pouco em vista do cenário totalmente incerto para a Europa.”

O principal índice dos mercados acionários europeusfechou em queda de 1,68 por cento, segundo dados preliminares. Já o Dow Jones, nos Estados Unidos, caía 0,65 por cento.

Na Grécia, o impasse para formar um novo governo já dura uma semana e alimenta temores de que o país não será capaz de honrar seus compromissos financeiros com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, levando à sua saída da zona do euro.

O país deve ter novas eleições em junho, após três tentativas fracassadas de formar um governo que apoiaria os termos do resgate de 130 bilhões de euros.

Também contribuiu para o sentimento negativo do mercado a derrota do partido da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em um Estado crucial para os rumos políticos do país, o que poderia indicar um enfraquecimento da principal defensora das medidas de austeridade na Europa.

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Apesar do resultado “amargo”, Merkel afirmou que nada muda na política europeia. A chanceler alemã se reunirá na terça-feira com o novo presidente francês, François Hollande, crítico da política de austeridade e a favor de medidas mais expansionistas para incentivar crescimento.

A inesperada queda na produção industrial da zona do euro em março, divulgada nesta manhã, também elevou os temores sobre a crise na região.

Além disso, a decisão da China de reduzir o compulsório dos bancos no sábado também acrescentou temores de piora na perspectiva de crescimento global.

“Com um cenário desses, temos uma quantidade muito menor de recursos disponíveis para ativos de maior risco, e uma volatilidade muito mais alta”, disse Cardoso.

Dos 68 ativos que compõem o Ibovespa, apenas 8 operavam em alta. O setor de construção era a principal contribuição de queda para o índice, com destaque para a forte baixa das ações da Brookfield Incorporações e da PDG Realty.

Brookfield recuava 10,4 por cento, a 4,40 reais, após a empresa ter reportado queda de 94 por cento no lucro do primeiro trimestre. Executivos da companhia afirmaram que a revisão de custos de obras, que afetou o resultado do período, continuará no segundo trimestre.

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PDG Realty caía 7,1 por cento, a 4,21 reais, depois de a companhia ter informado na última sexta-feira a renúncia de dois diretores, Michel Wurman e Frederico Marinho Carneiro da Cunha.

Banco do Brasil tinha queda de 4,1 por cento, a 21,35 reais, e pressionava o Ibovespa. A instituição estaria negociando a compra da metade do capital do Banco Votorantim que pertence ao Grupo Votorantim, disse à Reuters fonte familiarizada com o assunto.

Em comunicado, a holding Votorantim Finanças, que controla o Banco Votorantim, disse que a notícia sobre a possível venda do Votorantim não tem fundamento.

Dentre as blue chips, a preferencial da Vale caía 1,00 por cento, a 37,63 reais, e a preferencial da Petrobrasrecuava 0,9 por cento, a 19,15 reais. OGXtinha baixa de 3,5 por cento, a 13,12 reais.

Em sentido oposto, Light subia 0,63 por cento, a 25,66 reais. A empresa reportou na sexta-feira um líquido de 140 milhões de reais no primeiro trimestre, 15,8 por cento menor que um ano antes, mas acima da projeção do mercado.(Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)

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