Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro inclui Casa da Moeda no Programa Nacional de Desestatização

Fundada em 1694, estatal atua - em caráter exclusivo - na fabricação das cédulas e moedas do país, além da impressão de selos e confecção de passaportes

Por Diego Freire 15 out 2019, 03h28

O presidente Jair Bolsonaro incluiu, nesta terça-feira 15, a Casa da Moeda do Brasil no Programa Nacional de Desestatização (PND), viabilizando a negociação de ativos da estatal à iniciativa privada em continuidade a estudos já em andamento. A medida foi oficializada em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Fundada em 1694 para fabricar moedas com o ouro proveniente das minerações, a empresa hoje tem como atividades principais, em caráter de exclusividade, a produção de papel-moeda, moeda metálica e a impressão de selos postais, fiscais federais e títulos da dívida pública federal, bem como a confecção dos passaportes brasileiros.

Em agosto de 2017, ainda no governo de Michel Temer, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) recomendou a desestatização da Casa da Moeda, que tem capital integralmente pertencente à União. Desde então, era aguardado um posicionamento oficial do governo.

Na época, documento assinado por Wellington Moreira Franco, então ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, apontou “a necessidade de reestruturação da Casa da Moeda do Brasil, visando a aprimorar sua gestão e operação e elevar a qualidade de seus serviços, com a finalidade de melhorar o desempenho econômico e financeiro”. Em 2018, para reduzir custos operacionais, a companhia iniciou um plano de demissão voluntária.

Continua após a publicidade

Setores do governo favoráveis à desestatização da empresa argumentam que em outros países a fabricação de papel-moeda é atividade exercida por empresas privadas. No site oficial do PPI são citadas a britânica De La Rue e a alemã Giesecke & Devrient como gigantes do setor na iniciativa privada.

O tema, porém, divide até mesmo o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que tem parlamentares contrários à privatização. Os críticos veem riscos em incluir a iniciativa privada na emissão do dinheiro do país, além de defenderem a rentabilidade da estatal.

Pelo decreto publicado nesta terça-feira, fica designado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como responsável pela execução e acompanhamento dos atos necessários à desestatização da Casa da Moeda do Brasil. O cronograma e a porcentagem de ativos a serem abertos para a iniciativa privada ainda não foram definidos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.