Bolsas celebram promessa de acordo comercial dos Estados Unidos
Nesta quinta, os EUA devem assinar o primeiro tratado comercial pós-tarifaço com o Reino Unido

Quando o presidente americano, Donald Trump, iniciou sua cruzada tarifária contra o planeta, ele declarou que não se tratava de uma chantagem para costurar acordos comerciais mais favoráveis a seu país. Nesta quinta, os EUA devem assinar o primeiro tratado pós-apocalipse, deixando claro que, bem, tudo indica que Trump queria pactuar novas condições de comércio. Não há uma informação oficial do parceiro em questão. A imprensa internacional afirma que se trata do Reino Unido, e que os termos devem ser modestos, aliviando tarifas recém-impostas sobre aço e veículos.
Menos mal, é o que dizem os investidores. Os futuros das bolsas americanas avançam de forma sólida, assim como as bolsas europeias. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, acompanha a tendência positiva.
Independentemente dos termos do acordo, o que o mercado financeiro está celebrando é a abertura para condições menos draconianas. Isso porque o documento com o Reino Unido será assinado às vésperas da primeira rodada de negociações com a China.
A agenda econômica é relativamente fraca, abrindo espaço para as bolsas processarem as decisões de taxas de juros nos EUA e no Brasil. No mercado americano, o Fed sinalizou que há muita incerteza advinda da guerra comercial, o que inviabiliza qualquer corte nos juros já em junho, em linha com os ajustes recentes nas apostas do mercado.
No Brasil, o Copom confirmou a alta pesada da Selic em 0,50 ponto percentual, para 14,75%, a maior taxa desde 2006. O comunicado não indicou quais devem ser os próximos passos, abrindo espaço para o que analistas chamaram de “parada técnica”, como mostra esta reportagem.
Para além da política monetária, a Faria Lima deve fazer hora extra nesta quinta, dia que será carregado de divulgação de resultados de companhias brasileiras.