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Bolsa Família pode ter reajuste superior a 5%, diz ministro

Aumento será dado para compensar as perdas provocadas pelo reajuste do gás de cozinha ao poder de compra dos beneficiados pelo programa

Por Estadão Conteúdo
16 mar 2018, 13h29

O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou na quinta-feira, 15, que o Bolsa Família não reduziu a pobreza nem a desigualdade no país.  Terra disse que o governo está estudando um reajuste acima da inflação, que pode até ser “um pouco mais” de 5% para compensar o aumento do preço do gás de cozinha. Em 2017, a inflação oficial fechou em 2,95%. Segundo ele, o aumento deve vigorar a partir do final de abril ou em maio.

“A existência dos programas de transferência de renda não foi suficiente para reduzir a pobreza, só a pobreza extrema, mas não reduziu o número de pobres. A pobreza no Brasil continua intacta. Não reduziu a desigualdade no Brasil nesses 14 anos de Bolsa Família”, afirmou.

No mês passado, o presidente Michel Temer pediu a Terra e ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estudos que permitam redução no preço do gás de cozinha para beneficiar famílias de baixa renda. De acordo com dados do IBGE, o gás de botijão pesa 1,32% no orçamento das famílias, no acompanhamento do índice oficial de inflação (IPCA), que considera família com renda de até 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do Ppaís. O peso do gás encanado no orçamento familiar é bem menor: 0,07%.

De 2003 a agosto de 2015, o preço por botijão cobrado pela Petrobras das distribuidoras ficou congelado em cerca de 11,50 reais. Até 2016, permaneceu num patamar de 13 reais. O preço cobrado do consumidor final, porém, era bem mais alto. O histórico dos reajustes mostra que, entre 2003 e 2016, o preço final do gás cobrado pelas revendedoras acumulou reajuste médio de 89%, saltando de 29,35 reais para 55,60 reais o botijão. Nesse mesmo período, o aumento realizado pela estatal foi de apenas 16,4%. Atualmente, em Brasília, o preço do botijão de gás está entre 85 reais e 95 reais.

O ministro lembrou que quando o presidente Temer chegou ao governo houve um reajuste de 12,5% no benefício “depois de dois anos sem reajuste” e afirmou que com a queda da inflação o poder de compra aumentou e agora é preciso “completar esse processo com novo reajuste”.

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Ele participou junto com o presidente Michel Temer de um evento sobre microcrédito para beneficiários de programas sociais.

Microcrédito

Em seis meses, a população de baixa renda pegou quase 2 bilhões em microcrédito para financiar pequenos negócios, anunciou na quinta o ministro. Esse é o primeiro levantamento do Plano Progredir, um pacote de medidas do governo federal para buscar a autonomia de famílias de baixa renda, principalmente os beneficiários do Bolsa Família e inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo.

Além de financiamento, o programa reúne também ações para ajudar na qualificação profissional e no acesso ao mercado de trabalho.

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