Bolsa de valores de ‘ressaca’ volta a cair; Embraer segue com supervalorização
Embraer destoa e segue com forte valorização após isenção do tarifaço

A ressaca chegou. Horas após a sessão de quarta-feira, 30, fechar com o Ibovespa com alta de quase 1%, o pregão de quinta-feira, 31, mostra o índice de referência da B3 em queda de 0,90% aproximadamente. O desempenho de hoje ocorre após a “Superquarta”, que trouxe a manutenção das taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Mas a Embraer (EMBR3) destoa deste cenário. Por volta das 11h30, o papel da empresa valorizava mais de 6,5%. Contribui para esse desempenho a decisão dos Estados Unidos que, mesmo aplicando oficialmente o tarifaço de 50% aos produtos exportados pelos brasileiros, isentou a produção de aviões da ordem executiva emitida na quarta-feira pela Casa Branca.
Mercado deve estar fazendo cálculos
Parte do pessimismo de hoje, pelo menos até o horário do almoço, deve repousar no fato que os agentes do mercado já fizeram as mesmas contas que a Amcham divulgou após a oficialização do tarifaço de Trump.
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil indicou que as exceções da Casa Branca representam 18,4 bilhões de dólares em exportações. Acontece que o total é de 42,3 bilhões de dólares, portanto, mais da metade do volume em dinheiro gerado pelas exportações ficou dentro do tarifaço. Os dados usam como referência o ano passado.
Bradesco em queda apesar dos resultados
As ações do Bradesco (BBDC4) operavam em ligeira queda na manhã desta quinta-feira, último dia útil do mês. O banco, o segundo maior do país, divulgou seus resultados ontem, após o fechamento da bolsa de valores. O desempenho foi positivo. O Bradesco, por exemplo, superou 6 bilhões de reais em lucro, garantiu ROE de 14,6% no segundo trimestre do ano e ainda manteve a inadimplência de suas carteiras sob controle. “O Bradesco reportou mais uma rodada de melhora nos resultados”, indicou o Itaú BBA em relatório.