Bolsa alemã cai com surpreendente derrota de Merz em votação
Com a surpresa política, o índice DAX descola do desempenho do exterior e recua cerca de 1,5% nesta manhã

Desde a eleição alemã, em fevereiro, investidores vinham celebrando a volta do partido conservador CDU ao poder. Friedrich Merz, o candidato a chanceler, sonhou em ocupar a cadeira o mais rápido possível, ainda antes da Páscoa.
Não só seus planos iniciais foram frustrados, como nesta terça-feira, 6, ele perdeu a eleição para chanceler ante o parlamento. Eram precisos 316 votos dos parlamentares, mas Merz recebeu apenas 310 – 307 votaram pela não indicação dele a chanceler. Não só isso, a coalizão formada para governar o país, entre CDU/CSU e SPD, tem 328 parlamentares, o que deveria, no papel, garantir a vitória. A votação é secreta. É a primeira vez na história da Alemanha que o indicado não é eleito. Agora, haverá uma nova tentativa de votação em catorze dias.
Com a surpresa política, o índice DAX descola do desempenho do exterior e recua cerca de 1,5% nesta manhã. Na prática, a demora na formação do novo governo adia investimentos prometidos para melhorar a infraestrutura e tirar a atividade econômica alemã da paralisia.
Para além da situação excepcional na Alemanha, o dia é negativo nas bolsas ao redor do mundo. Os futuros americanos amanheceram em queda, em mais um dia que será marcado pela espera. O grande acontecimento da semana é amanhã, quando o Fed decide a taxa de juros dos Estados Unidos. No Brasil, o Copom também se reúne e deve elevar a Selic. O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, também recua.
Balanços
Antes da abertura: Embraer
Após o fechamento: Prio, Carrefour, RD Saúde, Vamos, Vibra Energia e Caixa Seguridade, no Brasil, e AMD e Super Micro Computer, nos EUA
6h: Zona do euro divulga PPI de março
9h30: EUA publicam balança comercial de março
11h: Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, testemunha na Câmara
13h: Haddad, participa, na Califórnia, de mesa redonda da Amcham Brasil sobre IA
15h: Lula reúne ministros para discutir o escândalo do INSS
Lula embarca para a Rússia e, em seguida, à China